1º de Maio, o dia em que a classe trabalhadora ergueu sua bandeira

“Era trabalhador, pegava o trem lotado
Tinha boa vizinhança, era considerado
Todo mundo dizia que era um cara maneiro
Outros o criticavam porque ele era funkeiro
O funk não é motivo, é uma necessidade
É pra calar os gemidos que existem nessa cidade
Todo mundo devia nessa história se ligar
Porque tem muito amigo que vem pro baile dançar
Esquecer os atritos, deixar a briga pra lá
Mas naquela triste esquina, um sujeito apareceu
Com a cara amarrada, sua mão estava um breu
Carregava um ferro em uma de suas mãos
Apertou o gatilho sem dar qualquer explicação
E o pobre do nosso amigo, que foi pro baile curtir
Hoje com sua família, ele não irá dormir!

Era só mais um Silva que a estrela não brilha
Ele era funkeiro, mas era pai de família” – Rap do Silva, MC Marcinho

falm 001Esta data tão importante para os bilhões de trabalhadoras e trabalhadores que existe no mundo, virou mais um feriado como qualquer outro. Pior, em alguns casos, uma festa. Por causa disso, nós da classe trabalhadora, lutadores sociais contra todas as formas de exploração e opressão, dizemos que não! Chega de escravidão assalariada, chega de pobreza e miséria, que dia-a-dia nos condicionam cada vez mais às piores condições humanas. Todas as lutas e bandeiras devem se juntar num só punho e gritar neste BASTA!

A batalha cotidiana, de mulheres e homens, jovens e idosos, negros, índios, sem-teto, sem-terra, estudantes, em que muitos perderam suas vidas mas ganharam nosso respeito e força. Nossa sociedade é o resultado do sistema capitalista que apenas reproduz mais misérias. O Estado e o Capital nos prometem qualidade de vida, mas nos dão desigualdades sociais.

A Frente Autônoma de Luta por Moradia se mobiliza com os mais oprimidos pelo sistema e chama a todas e todos a resistir contra a lógica do Capital, à política de segregação, pela falta de moradia, terra, trabalho e contra a repressão do Estado.

Dia de memória e luta
Pela construção do poder popular

Se não há igualdade para os pobres
Que não haja paz para os ricos
Roda a baiana, fala mais alto
Desce do morro e ocupa o asfalto

FRENTE AUTÔNOMA DE LUTA POR MORADIA


Protestar não é crime! Contra a criminalização dos pobres e dos movimentos sociais!

As Jornadas de Junho de 2013 marcaram para sempre dias de luta popular em todo o país, com colossais manifestações e o povo nas ruas. O poder público, munido de forte aparato repressivo exerceu sua função desrespeitando direitos conquistados pela luta das trabalhadoras e dos trabalhadores, perseguindo militantes de movimentos sociais e estudantes. Cumprindo sua agenda de militarização, entende-se mapeamento e incriminações, em todas as capitais o 1° de abril foi relembrado para refletir sobre os efeitos do golpe civil e militar de 1964, onde denunciamos as ameaças que companheiros e companheiras vem sofrendo por parte da elite da Grande Florianópolis, grandes empresários, do ramo da especulação imobiliária, das corporações militares, estaduais e federais e de políticos corruptos.

Praticamente após as ocupações organizadas na Grande Florianópolis, a grande massa de famílias de sem-teto, intensificando a luta por moradia, por terra, por trabalho e por melhores condições de vida, vem pressionando o Estado a tomar uma atitude. O fortalecimento dos movimentos sociais de perspectiva transformadora, nos últimos meses, vem enfrentando ameaças na tentativa de desestabilizar as lutas dos movimentos sociais combativos.

Santa Catarina, especialmente, é um dos estados mais conservadores do Brasil, e por isso, a lógica política vem sendo consequentemente a da repressão com forte cunho político e ideológico. Os movimentos sociais em luta não podem deixar de denunciar estes abusos e a formação de um Estado de Exceção em plenos direitos democráticos. Protestos populares são tratados como crime. A desmilitarização das polícias deve ser levada à discussão para toda a sociedade. Todo apoio às ocupações urbanas que estão ameaçadas pelo poder público, estudantes que estão sendo perseguidxs após a ocupação da reitoria da UFSC, sindicatos que sofrem processos pelas greves, por tudo isso, a Frente Contra a Criminalização dos Movimentos Sociais, está reunindo entidades, movimentos, coletivos, organizações e partidos de esquerda, para este ato.

Toda solidariedade e apoio! Estamos de olho às ameaças!

Abaixo o terrorismo de Estado!
Contra a criminalização dos pobres e dos movimentos sociais!
Protestar não é crime!

NÃO SE INTIMIDAR,
NÃO DESMOBILIZAR.
RODEAR DE SOLIDARIEDADE AS/OS QUE LUTAM!

FRENTE AUTÔNOMA DE LUTA POR MORADIA


Campanha do Agasalho para Ocupação Palmares

A Frente Autônoma de Luta por Moradia está lançando esta campanha em vários pontos da cidade para que pela rede de apoio e demais setores sensibilizados se solidarizem. As famílias ficarão gratas e aquecidas com casacos, sapatos, acessórios para frio (adulto e infantil) e principalmente cobertores.

Alguns pontos de coleta já estão funcionando antes da campanha:
- DAOM e DART na UDESC
- CALCS, CALIGEO e CALPE na UFSC.

Rede de Apoio – FALM

frenteautonoma@riseup.net

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FALM Convida!

Mesa de Debate a “Luta por Terra e Moradia na Grande Florianópolis” com Frente Autônoma de Luta por Moradia – FALM, MUP, Ocupação Contestado, Ocupação Palmares e Ocupação Amarildo.
Quando: 13.03 (Quinta-Feira)
Horas: 18hs
Onde: Auditório – FAED/UDESC

 

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Nota de repúdio à matéria do Notícias do Dia

(Matéria no link: http://ndonline.com.br/florianopolis/noticias/148022-floram-e-tropa-de-choque-derrubam-casa-no-macico-do-morro-da-cruz.html)

Muito ruim esta matéria tendenciosa do Notícias do Dia/RIC que além de desinformar a população sobre a situação dos moradores e moradoras do Maciço do Morro da Cruz, que há mais de um ano tentam dialogar e fechar um acordo com a PMF, tem suas portas fechadas porque são pobres e marginalizadas. Além disso, o que está sendo veiculado não é verdade. Em primeiro lugar, a área não é APP como afirma o título, já que não se sabe o que caracteriza o terreno pois não há leitura técnica comprovada. Este terreno já foi destinado para moradia popular via obras do PAC2 – mas nada foi feito até hoje! Em segundo lugar, jamais houve sequer uma notificação ou “mandato administrativo” como afirma o fiscal da Floram (reproduzido incontesti pelo Comandante da PM) naquele espaço. Todas as invasões da PM e as destruições das casas estão sendo feitas sem mandado judicial ou do poder executivo, o que demonstra uma total irregularidade no trâmite operacional por parte do Estado. É inaceitável que uma força truculenta de mais de 10 camburões, tropa de choque e PM venham apontar fuzis e cacetetes contra uma população desarmada, crianças e famílias inteiras. Na tarde de sábado, a PM usou da sua força para agredir moradoras e moradores com balas de borracha, spray de pimenta e cacetadas. Violência efetivada sobre famílias que apenas protestavam com justa causa. Um morador (pastor) teve sua cabeça atingida por um cacetete onde sofreu mais de 5 pontos, que deu entrada contra a violência ocasionada. Jamais houve um único papel assinado permitindo derrubar casas, pelo contrário, há “apropriação indevida” das madeirasm, eletrodomésticos e utensílios pessoais sem devolução permitida por parte dessas operações. É lamentável verificar que, como sempre, a política do governo é de se negar a dialogar com os mais necessitados e, em troca, saber que Florianópolis possui um dos déficits mais altos em questão de moradia no país, vide Moeda Verde, novo “Plano Diretor”, e toda uma rede de corrupção e especulação provinda contra àqueles que menos tem acesso às necessidades básicas.

Mais dramático ainda é saber de longa data que o critério de jornalismo destas mídias locais é sempre descaradamente parcial em prol da elite dominante. Sabemos que não há imparcialidade, mas deveriam ao menos agir com ética, um dos compromissos da função jornalística. Revejam seus critérios!

PALMARES RESISTE!

Frente Autônoma de Luta por Moradia (FALM)


Ação ilegal da FLORAM e PM em pleno carnaval

Hoje, em mais uma ação ilegal da Floram com o auxílio do efetivo da PM, o trabalho sujo foi terminado. A casa a qual tinham derrubado pela metade foi, nesta tarde, completamente destruída. Não bastasse isso, levaram (isto é, roubaram) todas as madeiras, móveis e eletrodomésticos dos moradores.

É esse o carnaval que a Prefeitura Municipal de Florianópolis propiciou para esses moradores: SEM CASA, SEM NADA.
Não há política de moradia, mas há política de despejo.
A PM segue na ocupação, neste exato momento.
O apoio jurídico e a militância da FALM estão lá.

“Se não há igualdade para os pobres, que não haja paz para os ricos!

PALMARES RESISTE!”

Fora PM do mundo!
Contra a criminalização dos movimentos sociais!
Lutar, criar, poder POPULAR!

 

 


Ameaças de morte na Ocupação Amarildo

SOMOS TODXS AMARILDO! Abaixo informe da Ocupação:

Comunicado 12

Ameaças aos lutadores do povo

A partir do dia 20 de fevereiro recebemos diversas ameaças de morte e sofremos um atentado contra nossas vidas. Denunciamos às autoridades competentes e também às mídias. Inclusive, enquanto a reportagem estava na Ocupação, três carros pararam em frente à porteira e fizeram diversas ameaças de armas em punho, só foram constrangidos pela imprensa e se retiraram.

Dias antes, numa saída ao mercado mais próximo, fomos atingidos quatro vezes na lateral de nosso carro, por outro carro que nos prensava contra o guardrail da pista. Sobrevivemos por dom do motorista, que não perdeu o controle. No dia seguinte, dois homens desceram do mesmo carro, em frente a Ocupação e mostraram munições de grosso calibre, ameaçando matarem todos os Amarildos.

Registramos boletim de ocorrência, informamos qual o carro e a placa. O delegado afirmou que tem como identificar os autores do atentado e das ameaças pelas câmeras da rodovia e também as das polícias que vigiam a Ocupação. Estamos aguardando!!!!

senhora amarildo


Manifesto contra o Congresso Ténico da Copa 2014 em Florianópolis

Na última experiência da Copa do Mundo, na África do Sul em 2010, o povo daquele país se levantou mas sua voz foi abafada pela mídia das potências, pelas instituições governamentais africanas, pelas construtoras e pela Fifa. As organizações populares sul-africanas denunciavam os projetos megalomaníacos pelo rombo de bilhões de dólares em elefantes brancos. Estão sendo demolidos. Foram gastos US$ 4,9 bilhões com o velho discurso de geração de renda e turismo local – como até hoje grandes corporações propagandeiam para a mídia burguesa. No Brasil, o próprio Serviço de Proteção ao Crédito e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas informava que só 3% do total de ingressos na Copa das Confederações foram comprados por não brasileiros, desfazendo a máxima das oportunidades turísticas e empreendedoras para as regiões.

A história se repete no Brasil. Como em África, as periferias criaram seus comitês de resistência para protestar contra a precarização total dos serviços básicos, remoções forçadas de milhares de famílias e a militarização crescente das polícias. Pelo nacionalismo midiático, enfeitam-se as ruas para receber os ricos, constroem as políticas de higienização social, criminalizam manifestações populares e excluem dos processos democráticos a participação popular, como nos planos diretores locais. O apartheid continua. Com a nova legislação do governo federal que pretende reprimir e enclausurar os movimentos sociais, o Estado opta pela via do controle militar, usando termos importados como “terrorismo”. Este plano de segurança visa atender às elites empresariais, àqueles que se beneficiarão economicamente dos eventos, iniciado pela Copa das Confederações em julho de 2013.

Cerca de 627.000 empregos foram perdidos e milhares de removidos à força de suas casas. No Pan-Americano do Rio de Janeiro em 2007, seria um prenúncio da lógica mercantil: sob a caneta de Eduardo Paes (PMDB), como Secretario de Esportes e Turismo foi posta em prática a famigerada “força-tarefa” do governador Sérgio Cabral (PMDB), que visava o início das remoções de comunidades e a recuperação da Aldeia do Maracanã, para os Jogos Pan-Americanos que teve o orçamento superfaturado. A onda é “derrubar e depois reassentar”, sem atender os mínimos critérios do Plano Diretor ou seus direitos garantidos. Até a presente data, só em São Paulo, mais de 70 favelas foram incendiadas desde 2012 – número divulgado pela Defesa Civil – sem contar outras grandes capitais, como Rio de Janeiro, Recife e Porto Alegre, esta última, com uma ocorrência trágica ao lado de um novo estádio.

Na verdade, os gastos são ainda maiores contando com a privatização dos portos e dos aeroportos. As remoções forçadas não são exclusividade do Brasil ou dos países sedes de megaeventos, já que fazem parte da lógica mercantilista liberal e expropriadora em todos os países com matizes subimperialistas. Nas Olimpíadas de Pequim de 2008, mais de 1 milhão de pessoas sofreram da mesma forma este novo modelo.

Para o TCU, de setembro de 2011 a fevereiro de 2012, o valor total das obras superam a casa dos R$ 25 bilhões, que poderia servir para se construir 46,3 mil casas ou apartamentos do programa Minha Casa Minha Vida. A ordem é, primeiro elitiza-se o acesso à cidade, restringindo a mobilidade urbana com valores tarifários altos para o povo, segundo, aumento das condições de moradia com aluguéis caros, terceiro, aumento das cestas básicas e, por último, aqueles que não se enquadram no nível de “qualidade de vida” são expulsos ante uma cidade que se molda às novas infraestruturas globais. A maioria dos recursos é por meio de novas dívidas, estaduais e municipais, alguns para ao menos 30 anos.

Financiamentos públicos para o planejamento habitacional são insuficientes e estão na contramão do direito à moradia, justamente pela exclusão geográfica em modelos elitistas de cidade, aumento do crédito, abertura para a especulação imobiliária e na criminalização da pobreza. Todo ano surgem novas ocupações urbanas que ainda não estão sendo visíveis para toda a sociedade. Por isso os movimentos sociais de luta por moradia tem aumentando sua força social afim de causar um impacto frontal à política de invisibilidade dos de baixo.

Através de leis de exceção, onde Estado/União e Multinacional (FIFA) atuam como entidades semelhantes, fazem acordos sobre de regulação, do espaço urbano, mercadológico, das forças de repressão, fundiários, ambientais e jurídicas. Uma delas como a Lei Geral da Copa, dita os privilégios da empresa sobre a exclusividade total de atividades comerciais assim como de mobilidade urbana. Outra lei em trâmite, é a de negar direitos de manifestação, mesmo pacífica, durante a Copa, chamada Lei do Terrorismo. Lei da Greve, que suprime o direito de paralização. Lei da Cultura, que proíbe as mais variadas manifestações culturais durante o evento. Lei da Exibição que também proíbe as massas de assistirem aos telões nas ruas em razão do alto valor dos ingressos. Lei de Propaganda, proibição da decoração das ruas com quaisquer cartazes políticos contrários ao evento, reforçando o monopólio da informação. São todas leis concedidas pelo Estado a uma multinacional para que opere em conjunto, com sanções civis e penais, além da criminalização dos movimentos sociais.

Estamos assistindo às aplicações destas leis na repressão recente aos “rolezinhos”, nas manifestações das periferias nos centros urbanos. Em Santa Catarina, particularmente há um enriquecimento da frota e dos gastos públicos para pelotões especializados em conter manifestações.

Não há políticas habitacionais de fundo em projeção, pelo contrário, há operações de remoção, há invisibilidade na luta por moradia, há projetos de higienização social aliados às práticas racistas e xenófobas das prefeituras municipais em seus centros, há portas fechadas para diálogos com os técnicos da habitação. Essa omissão do Estado é uma prova de que somente pela ação direta e pelo protagonismo popular se pode conquistar direitos e vitórias. Devemos nos perguntar, qual é o legado social da Copa que estamos construindo? Nas ruas ecoam “Não vai ter copa!” e do outro lado não há qualquer iniciativa de transparência.

A Frente Autônoma de Luta por Moradia (FALM) apoia as lutas nesta pauta:

  1. Contra as remoções de comunidades nas cidades-sede da Copa;
  2. Contra a violência do Estado, especificamente, a policial, na defesa da sua desmilitarização e fim da repressão e criminalização aos movimentos sociais;
  3. Contra as políticas de higienização social dos centros das cidades;
  4. Contra o pacote da nova Lei Geral da Copa que enquadra como crime de terrorismo todo direito ao protesto, restringindo às organizações populares da sua livre manifestação.

Abaixo o terrorismo de estado!

Contra a criminalização aos movimentos sociais!

NÃO SE INTIMIDAR, NÃO DESMOBILIZAR. RODEAR DE SOLIDARIEDADE OS QUE LUTAM!