Só votar ou votar nulo não adianta nada!

Só votar ou votar nulo não adianta nada!

O sistema é feito para a gente acreditar que votar a cada dois anos é o máximo de poder politico que temos na sociedade. Basta a gente trabalhar de sol a sol, levantar e sair de casa em um domingo a cada dois anos (votando consciente claro) que tudo vai dar certo e que podemos voltar para nossas vidas porque já fizemos nossa parte no “jogo da democracia”.

Será esse o máximo que conseguimos fazer enquanto humanidade? Delegar o poder de decisão sobre nossas vidas para uma minoria que tem a pretensão de nos representar? Será que não conseguimos algo melhor do que isso? Com tanta tecnologia e conhecimento é o máximo que conseguimos?

Nunca acreditei nesse troço de que apertar um botão a cada dois anos seria o suficiente para construirmos uma democracia de verdade. Quando falo democracia de verdade digo algo radical, onde quem decide sobre a gente é a gente mesmo, sem intermediários. Onde as decisões são tomadas com base no diálogo, envolvendo as pessoas diretamente afetadas pelas decisões, sem hierarquias. Não por mandachuvas do Estado, nem por porta-vozes do Mercado.

Não acho que tenha uma solução mágica para isso. Penso que é um processo que a gente vai construindo dia a dia em nosso envolvimento com a politica. Não digo a politica institucional, da lógica dos gabinetes e das eleições. Falo da politica que vamos construindo quando se engajamos em alguma causa, onde se unimos como iguais por objetivos concretos e somos obrigados a tomar responsabilidade pelos próprios atos políticos que cometemos. Sejam eles montar um grupo de teatro, fazer uma horta comunitária, se engajar em uma greve, participar de um coletivo, movimento social ou associação.

Nessas ações vamos tomando consciência do poder que temos quando nos unimos. De que nossa força enquanto povo organizado é muito maior do que a de um voto a cada dois anos para escolher quem vai colocar o cabresto na gente.

E quem sabe se a gente se organizar direitinho a gente nem precisa mais dessa minoria que nos comanda muito menos das instituições e policias criadas para nos comandar…

Murilo Flores (PSB) e o discurso do “gestor técnico”.

Sei que Murilo Flores é um candidato “nanico” nas eleições de Floripa. Mas acho o discurso dele da técnica ser superior a politica é falso e ao mesmo tempo sedutor.

Essa contraposição entre “técnica” e “politica”, entre “gestão” e “ideologia” é um grande papo furado. Maior exemplo disso eu vi quando fui em uma audiência pública do plano diretor de Florianópolis. Estavam presentes cidadãos, movimentos sociais, entidades comunitárias, entidades profissionais de arquitetos e sindicatos patronais de construção civil e do setor hoteleiro, assim como IPUF (órgão da prefeitura responsável pelo planejamento urbano).

Diversos arquitetos em suas falas afirmavam que as decisões tomadas pelos cidadãos e entidades comunitárias eram muito românticas, ideológicas e pouco técnicas. Afinal de contas quem bancaria tantos parques públicos? Como fazer uma cidade crescer sem aumentar o tamanho dos prédios? Por fim um dos arquitetos defendeu a criação da Marina na beira-mar, e que tal projeto beneficiaria o transporte público marítimo na cidade.

Pouco tempo depois um cidadão fez uma pergunta ao IPUF sobre em que estado estavam os estudos de mobilidade urbana sobre a questão do transporte marítimo na cidade. O IPUF respondeu categoricamente que não havia estudo concluído!

Afinal de contas como um projeto como este da Marina pode ser anunciado pela Prefeitura na mídia, com local já estabelecido (beira-mar um dos metros quadrados mais caros da cidade), se nem estudo sobre mobilidade concluído existe para dizer que ali seria o melhor local para uma Marina.

Afinal de contas, como podem pessoas formadas em cursos superiores de instituições públicas respeitadas como a Universidade Federal de Santa Catarina defenderem com unhas e dentes um projeto como o da Marina, tão grande, que gastaria milhões de reais, teria um imenso impacto ambiental e privatizaria muita propriedade pública?

Um projeto que não foi discutido pela sociedade. Não foi discutido pelas comunidades no âmbito do Plano Diretor Participativo. Um projeto que no máximo passou pelo crivo da elite politica e econômica da cidade e que depois é propagandeado por algumas entidades profissionais e patronais, pela mídia e por algumas ONGs chapa-branca.

Enfim, sai de lá com mais certeza ainda de que este discurso da tecnocracia é um grande papo furado. Afinal de contas, os técnicos sempre servem aos políticos. Não existe uma “gestão técnica” desvinculada de uma visão politica. Que visão futura de sociedade espera o partido? Quem será priorizado pelas politicas públicas? Quem pagará a conta dessas politicas? Em que grupos de poder se apoiará o partido para conseguir governar?

É um velho discurso para convencer o povo de que as decisões tomadas lá em cima são necessárias, são assim, como leis da natureza. Assim como querem nos convencer todos os dias que devemos trabalhar cada vez mais e se aposentar cada vez mais tarde. Que o cara que vão colocar para comandar a Petrobras ou o Banco Central é “Um gestor do mercado e não uma politico”. Eles são sempre os gestores e trarão mais eficiência. E claro, isso tudo não é ideologia, é técnica.

E por último Murilo Flores é do PSB, cujo presidente em Santa Catarina é da família Bornhausen, família exemplo de coronelismo desde a ditadura militar. Os Bornhausen inclusive foram doadores de dinheiro para sua campanha. Difícil vir novidades de gestão de uma família que comanda SC a décadas.

Reflexões sobre a exigência de #EleiçõesDiretasJá dentro dos atos #ForaTemer

Reflexões sobre a exigência de #EleiçõesDiretasJá dentro dos atos#ForaTemer.

Penso que as manifestações de rua que estão acontecendo no Brasil todo com milhares de pessoas tem condições de exigir muito mais do que Eleições Diretas. Na história, os momentos em que conseguimos conquistas para o povo são quase sempre onde aqueles que detêm o poder sentem que precisam entregar alguns anéis para não perder os dedos. Então, acho que poderíamos começar a pensar numa pauta mínima que contemple os desejos evidentes nas manifestações de rua, que sejam exigências populares para pressionar candidatos numa eventual eleição:

1) Nenhum direito a menos: Suspensão imediata dos pacotes de maldades que jogam no lombo do povo a crise econômica, tais como a reforma trabalhista, reforma da previdência e a PEC241 que congela os investimentos públicos pelos próximos 20 anos.

2) Os ricos que paguem pela crise e pela ampliação dos direitos sociais: Taxação de grandes fortunas, impostos progressivos de acordo com a renda, redução do imposto sobre consumo e aumento de impostos sobre propriedade. Auditoria da dívida pública que entrega bilhões para bancos e especuladores

3) Desmilitarização das Policias: Fim da Polícia Militar e criação de regras para frear a repressão policial em manifestações. Fim da lei antiterrorismo.

4) Participação popular e democracia direta: Criação e ampliação de mecanismos de participação popular e formulação de politicas públicas por parte da população.

O momento é propício para mudanças. Debater publicamente sobre politica, sugerir mudanças, criar mecanismos e formas de fazer politica para além das urnas e da dita democracia representativa. Talvez algo muito maior que não caiba nesses 4 itens possa surgir, algo de fato revolucionário. De qualquer forma não podemos deixar passar a chance de conseguir conquistas para o povo além da troca do grupo que está no poder.

Pra não dizer que não falei das flores. Parte II

Quando vejo o que estamos passando hoje parece que se passa um filme na minha cabeça, com cenas do que aconteceu em junho de 2013.

Na época os protestos contra a tarifa do transporte coletivo ocorreram puxados pelo Movimento Passe Livre e começaram em São Paulo. A grande mídia evitava mostrar imagens que dessem a dimensão de quantas pessoas estavam nas ruas, faziam closes que induziam as pessoas a acharem que se tratavam de “meia duzia de pessoas”. Quando a PM reprimia, usavam sempre a palavra “confronto” e davam sempre destaque para as vidraças de agências bancárias quebradas, pichações e depredações em geral.

Até que a repressão policial chegou a um ponto tão alto que foi impossível esconder. Jornalistas foram feridos, um deles perdeu um olho com uma bala de borracha da PM. Muita gente se feriu. A coisa explodiu no Brasil todo. E a mídia, aproveitando que o governo no poder não era do seu clube, resolveu mudar a narrativa e chamar as pessoas para as ruas.

Imediatamente as Policias sossegaram. Na mídia as imagens passaram a ser áreas, mostrando a massa. Nunca me esqueço de ter cruzado a pé junto com outras milhares de pessoas a ponte aqui em Florianópolis numa tranquilidade jamais vista em qualquer manifestação de rua que participei.

As manifestações passaram a ser uma geleia difusa de todas as pautas possíveis. Tod@s queriam levar sua pauta para a rua. Havia um grande desejo de mudanças positivas: reforma politica, combate a corrupção, passe livre, melhores serviços públicos.

O governo federal e setores partidários da esquerda se fecharam num casulo, subiram num pedestal e deixaram as manifestações serem engolidas pelas pautas da direita, que começou a se organizar naqueles dias (MBL, Revoltados Online etc). Os movimentos autônomos, com medo, também tiraram o time de campo, mostrando uma certa limitação das pautas mais especificas.

2016 é um tanto diferente mas guarda algumas semelhanças. Novamente a mídia dá destaque para os atos de depredação apenas. A repressão policial é intensa e o próprio Golpísta Mor, Temer, fala em meia duzia de pessoas quebrando tudo. Tentam novamente esconder que milhares de pessoas já foram as ruas em dezenas de cidade do país.

A diferença é que agora a mídia está ao lado do governo. Só vão mudar a narrativa se a coisa sair do controle de vez. A diferença também é que o país está mais dividido do que nunca. Nos últimos anos sentimos um crescimento muito grande do ódio politico, de movimentos de inclinação fascista com ídolos com representação politica no congresso.

Também temos como diferença uma união das esquerdas, partidárias ou não contra um inimigo comum: Temer, que simboliza o golpe e a retirada de direitos. Aglutinando pautas libertadoras com a LGBT, feministas, e a luta pela ampliação dos direitos sociais e contra a repressão policial.

O que vai ser de tudo isso só depende da gente. Nas ruas, nos locais de trabalho, em nossas famílias. Debater, se organizar, ir pra rua, ir para luta.

Com a primavera nos dentes e rebeldia nos nossos corações!

“Quem tem consciência pra se ter coragem
Quem tem a força de saber que existe
E no centro da própria engrenagem
Inventa contra a mola que resiste

Quem não vacila mesmo derrotado
Quem já perdido nunca desespera
E envolto em tempestade, decepado
Entre os dentes segura a primavera”
Primavera Nos Dentes – Secos & Molhados

 

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Pra não dizer que não falei das flores

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Ontem parecia um dia normal, como qualquer outro. Lá fora fazia um tempo confortável, a vigilância cuidava do normal, os automóveis ouviam a notícia que os homens publicaram no jornal.

Dilma Roussef deixava de ser presidenta do Brasil e Temer assumia o cargo. Votação folgada pelos senadores. A razão: abertura de crédito suplementar sem aprovação do congresso. Fiquei imaginando como explicar para os meus futuros filhos e netos o que seria isso, afinal não se trata de assunto fácil. Imagino que para os que apoiaram todo o impeachment não vai ser fácil explicar também, pelo menos não sem utilizar argumentos que não estão no processo, tais como “Petrolão”, crise econômica, ameaça comunista, falta de carisma, “aquela vaca” e por aí vai. Claro a mídia facilita criando o termo “Pedalada”, mas quero ver explicar o porque quase todos os ex-presidentes e os governadores de 17 estados não vão ser derrubados pelo mesmo motivo.

De qualquer forma também me passou pela cabeça como explicariam o fato de um congresso mais sujo que pau de galinheiro, com Eduardo Cunha como um dos principais articuladores, ter conduzido o processo na maior normalidade. Será que vão lembrar daquela primeira votação na Câmara, onde ficou claro o baixo nível moral e intelectual daqueles que comandam o país?

Será que vão lembrar de como muita gente embarcou na cruzada da limpeza moral e ética do país através de uma operação jurídica e midiática? Lembrarão que estas pessoas SUMIRAM das ruas depois que o impeachment já estava dado como certo, mesmo depois de inúmeras denúncias de corrupção contra o núcleo do governo Temer?

Lembrarão que os cruzados da Lava a Jato não “conduziram coercitivamente” nenhum figurão do PMDB? Lembrarão que misteriosamente as operações desta “cruzada contra a corrupção” aconteceram sincronizadinhas com os momentos políticos ótimos para ferrar ainda mais com o governo derrubado?

Se recordarão que as manifestações de verde-amarelo foram acompanhadas ao vivo com cobertura nacional enquanto as manifestações “vermelhinhas” tiveram apenas pequenos flashes de exposição na mídia, muitas vezes com repressão policial?

Acho que não. Mas pouco me importa. Aprendi a duras penas a tomar posição na vida. E ontem vi nas ruas que muita gente pensa como eu e estão dispostas a ir até as últimas consequências para não deixar este governo ilegítimo e golpista ferrar com as suadas e tímidas conquistas que tivemos em nossa recente e precária democracia.

Este governo simboliza tudo que a de PIOR na politica do país. E sim, o PT governou ao longo de muitos anos ao lado dele. Mas não estou falando do PT. Prefiro não falar dos mortos, Mas quero sim falar das flores que começaram a brotar no meu quintal.

Na porta da minha casa uma orquídea começou a florescer. Sinal que a estação está mudando. Nas ruas vi uma juventude combativa que não tolera esse sistema politico e econômico que governa para 1% da população. Uma juventude avessa a hierarquias e a politica tradicional dita “democrática”. Que carrega no peito as sementes dos protestos de 2013.

Em um ano de tantas perdas é preciso ter esperança, e regar as flores dos mortos para que algo novo possa crescer!

E para isto não é hora de luto. É hora de luta!

“Carregamos um mundo novo em nossos corações, que cresce a cada instante. Neste exato instante ele está crescendo”
Buenaventura Durruti. Anarquista Espanhol.

Qual o estado da internet?

A resposta é: físico. A internet é nada mais que um gigantesco conjunto cabos. Para quem imaginava que no futuro seriam os satélites, nada disso. Os satélites têm sua função, mas primariamente como sensores, coletores de informações. E ultimamente como lixo espacial.

Então a internet significa quilômetros e mais quilômetros daqueles cabos azuis? Exatamente!

E sabe qual é a implicação mais interessante dessa fato? É que os cabos têm donos e estão enterrados na geografia. Controle o território e o poder será seu. (Não é por acaso que o google remapeou o mundo. Mas isso já é assunto para outra postagem.) Então, vejamos a quais países (e suas lei, e principalmente seus políticos) nossos dados, requisições, logins, fotos, smiles, estão submetidos:

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Um país! A descentralização é o pressuposto básico da autonomia. Do jeito que a internet vai, nós pelo mundo continuaremos à mercê de SOPAs e PIPAs e sem recursos para resistir.

Eleições em Florianópolis 2016 e Monty Python em 1969

Em 1969, o grupo Monty Python já anunciava o triste destino das “esquerdas” no mundo todo. Se dividir para serem conquistados.

Infelizmente, em agosto de 2016, a situação permanece a mesma. Em Florianópolis não é diferente. Os partidos ditos “de esquerda” por aqui resolveram continuar nessa estratégia de achar que divididos vão ganhar alguma coisa.

Embora eu não acredite muito nesse negócio de eleições ditas “democráticas” sinto calafrios do que seria uma gestão do GEAN LOUREIRO do PMDB, com o PSDB de Vice. Só pra se ter uma ideia, o presidente do sindicato das empresas de construção civil (Sinduscon) quase foi o vice dele. Imagine Florianópolis soterrada por uma montanha de concreto, corrupção e coronelismo, para meia duzia de famílias continuarem ganhando dinheiro as nossas custas.

Então pra quem é de partido, coisa que não sou, pensa com carinho para pressionar os manda-chuvas a tentarem se juntar. A gente já tá se juntando nas ruas (anarquistas, comunas, petistas, psolistas, e outros istas), por que a situação tá foda.

Por isto, pessoas preocupadas com esta situação criaram um abaixo-assinado, que será submetido aos partidos. Se acredita nisso, corra e ajude a divulgar, o prazo acaba nesta sexta (05/08/16): https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfLPSjTJsbNNkvhvDXAsilWXVNoDMp9n5QJFjcfVKZMEc366w/viewform?c=0&w=1

Por Pinguim:

Esta opinião é pessoal e não expressa a posição do coletivo Subversiv@s sobre eleições.

Sobre a prisão de 10 pessoas acusadas pela leiantiterrorismo

Olha, trapalhadas a parte, esse lance da prisão de 10 pessoas suspeitas de terrorismo por parte da Policia Federal é um sinal de que o tempo está fechando e que tempos cada vez mais sinistros virão.

Fiquei assustado ontem quando vi os jornais, pois de “presos por planejar atentado” no jornal do almoço, passaram para “apologia ao terrorismo” no jornal da noite. Quem viu o filme “Minority Report” sabe do perigo destas prisões por crimes que se quer aconteceram.

A lei antiterrorismo, criada pelo governo Dilma e agora aplicada pelo governo Temer é algo muito perigoso, e não é a toa que houve o repúdio de diversos juristas, associações de direitos humanos, ativistas e movimentos sociais.

E agora, com as Olimpíadas chegando e nesse clima de medo mundial é fácil para um governo ilegitimo que tem como lema “Ordem e Progresso” e um fascista como ministro da justiça manipular as emoções da população para criar um inimigo interno e começar uma caça as bruxas.

A repressão dos governos petistas e seus aliados na Copa vai ser fichinha perto do que vem por ai.

A escola sem ideologia é ideologia

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A grande sacada dessa “Escola Sem Partido” é afirmar que a escola deva ser “neutra”, criminalizando os educadores que buscam trazer o debate politico pra sala de aula.

O problema é que ideologias estão em tudo. Esse papo de “neutro” é uma furada, dado que a escola costuma ser a forma que o Estado “adequa” as pessoas a nossa sociedade (exemplos abaixo).

O “Escola Sem Partido” possui uma ideologia e quer que as escolas tenham uma ideologia única, negando qualquer debate de ideias. E não existe nada mais nazista e totalitário do que isso. “Escola Sem Partido” é na realidade “Escola de Partido Único”. Hitler e Stalin sorriem do inferno para essas pessoas que se dizem “liberais” e apoiam esse tipo de censura.
“Horário de entrada e saída é ideologia.
Ter 40 alunos enfileirados em uma sala retangular é ideologia.
Uso de uniforme é ideologia.
Separar-nos por idade e nível de aprendizado é ideologia.
Aplicação de provas e o sistema de castigos e recompensas é ideologia.
Ter aulas de história e matemática em uma razão de 1 pra 3 é ideologia.
Ter uma única aula de produção textual por semana é ideologia.
Ter um limite de faltas e ser proibido de usar todo o espaço escolar é ideologia.
Passar três anos falando de formas geométricas, projeções, ilusões espaçais e nunca ir a campo para testemunha-las é ideologia.
Passar três anos decorando os ácidos, bases, sais e compostos orgânicos, mas nunca produzi-los em laboratório é ideologia.
Passar três anos aprendendo sobre a história do povo catarinense, mas nunca ir ao Palácio Cruz e Sousa é ideologia.
Passar três anos estudando a homeostasia do corpo humano, mas nunca ter acesso a um cadáver aberto é ideologia.
O professor ser obrigado a passar o conteúdo de maneira tecnicista, impessoal, racionalista e desvinculada do cotidiano é ideologia.
A escola sem ideologia é ideologia” Por Lara Correa, Via Facebook

Investigação ou operação midiática?

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Nunca acreditei em partidos políticos nem no sistema atual. Passei a votar porque acredito que, com todas as limitações possíveis, ainda faz alguma diferença na vida das pessoas.

Mas não consigo ficar feliz em ver policiais armados de fuzil na frente da sede de uma partido politico. Por pior que ele possa ser.

Todo esse armamento pra que? Alguém lá dentro ofereceria alguma resistência?

Faz tempo que no Brasil muita gente acredita no autoritarismo como salvação. Vivemos em tempos em que policiais, juízes e promotores são tratados como heróis. Já advogados, defensores de direitos humanos e investigados (sem que tenham sido declarados culpados) são tratados como bandidos. As operações são sempre espetaculares e parecem tiradas de alguma continuação de “Tropa de Elite”.

Sei que com os pobres sempre foi assim. As cadeias lotadas de gente que não foi ainda nem julgada é um sinal disso. As execuções e torturas da PM também.

Mas não acredito que levar o autoritarismo contra os “políticos safados” seja um caminho bacana. Ainda mais quando tudo é estranhamente seletivo. Tudo cheira muito mal.

Fontes:
http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2016/06/23/ex-ministro-paulo-bernardo-e-preso-pela-pf.htm

http://www.tijolaco.com.br/blog/espalhafato-2-policia-vira-instrumento-de-marketing-politico/