Floripa Amanhã e a Cooptação das Pautas Socioambientais: Qual o Verdadeiro Projeto em Jogo?

Encontro mescla atividades culturais e artísticas para mascarar interesses empresariais e tomar espaço dos movimentos sociais Publicado originalmente pelo Movimento Ponta do Coral 100% Pública É assim que a Associação Floripa Amanhã anuncia um evento de 3 dias, com diversas atrações culturais e painéis, patrocinada com incentivos da Fundação Catarinense de Cultura e do Governo …

Conferência do Meio Ambiente em Florianópolis: Participação Popular ou mera formalidade e propaganda?

A Prefeitura Municipal de Florianópolis realizou a primeira Conferência Municipal do Meio Ambiente, nesta terça, 10 de dezembro, entre 8h e 17h, em auditório com capacidade para 150 pessoas (visto que a população do município é de 537 mil habitantes, segundo o IBGE, em 2022). O evento foi realizado na sede da Associação dos Municípios …

O marisco abriu sua casca

 
Desterro, primeiro de setembro de 2014. Às 19h começa a primeira oficina de comunicação segura do Mariscotron. Tudo estava de cabeça pra baixo naquela época: no Brasil, há um ano, aquele junho tinha sacudido o país; agora era a vez da resistência contra a copa do mundo. Antes, em várias partes do mundo, revoltas explodiram, botando as pessoas de volta na rua. Mas, ao mesmo tempo, essas pessoas já viviam uma vida paralela, digital, estavam enliadas na malha justa da internet, gastando dezenas de horas por mês conectadas à rede. Eis que Snowden abriu as porteiras secretas da CIA: informações sobre a espionagem massiva dos órgãos governamentais de inteligência agora estavam disponíveis para o público e não tinha mais como fingir, tudo estava sendo gravado e armazenado.

 

Durante mais ou menos 5 anos, este coletivo, que se propôs a juntar anarquismo e tecnologia, promoveu diversas oficinas, sempre recheadas de política e provocações. A começar por aquele encontro no tarrafa HackerClub, em Florianópolis, passando por Porto Alegre, São Paulo, Belo Horizonte, Manaus, Recife, Toulouse-FR, entre outras. Os movimentos sociais, coletivos e as pessoas em geral pediam mais conhecimento técnico: como funciona a internet, o que é criptografia, como protejo minha privacidade (se é que ela existe)? Então, o coletivo ganhou novos membros e o conhecimento passou a circular mais.

 

No final de 2018, no contexto da ansiedade com a eleição de Bolsonaro, começou a se delinear o plano estratégico “Segurança de Pés Descalços” (SPD), baseado nas ideias de atenção primária do SUS. Poucos meses depois, em 2019, já entrávamos na fase 1 do plano: “Campanha e divulgação”, aproveitando tudo que era evento para falar da importância de boas práticas em segurança e agentes multiplicadores. Talvez a SPD, juntamente com a tradução do livro Segurança Holística,  tenham sido o maior legado registrado do Mariscotron e informalmente, claro, a conscientização de dezenas de pessoas.

 

Hoje vemos o assunto da segurança digital, e de forma mais ampla da Tecnopolítica, sendo cada vez mais central nos debates. O uso da inteligência artificial na vigilância, e como arma de guerra contra o povo Palestino, a vigilância pervasiva em dispositivos espalhados pelas cidades, ditas “inteligentes”, o viés racial no reconhecimento facial, a soberania digital (mesmo quando pensada de forma estatal) são só alguns exemplos de como este assunto se tornou mais complexo, e como os desafios para enfrentá-los são bem maiores do que há 10 anos, quando este coletivo surgiu. 

 

Após o auge da pandemia de covid-19, já não nos reuníamos mais. Já que cada membro morava num lugar diferente, tivemos muitas dificuldades de planejamento. Mesmo que a segurança digital siga sendo muito importante, a (nossa) onda tinha passado. o marisco abriu sua casca e virou comida para outros projetos. 

 

Que a história desse coletivo tenha servido de ins/piração, e que continuem brotando coletivos que contestem, repensem e transformem a tecnologia, tendo em vista à libertação social.

 

Saúde e Anarquia!

Nota da diretoria da AMOCAM sobre o caso do bloco Onodi

Associação de Moradores do Campeche – AMOCAM, diante das recentes postagens do ONODI sobre a não realização do evento intitulado ARENA CARNAVAL ONODI 2024 em nosso bairro, visando combater a desinformação e inverdades publicadas, vem a público esclarecer A AMOCAM é entidade que atua no bairro desde 1987. Casos do tipo são comuns em nossa …

Mobilização Permanente: Encaminhamento da plenária popular ao final do ato contra o Plano Diretor

No dia de ontem (20), a votação do Plano Diretor não ocorreu. Entretanto decidimos que é necessário estarmos atentas e atentos, em vigília, pois os vereadores podem convocar a votação a qualquer momento, para atender ao desejo do prefeito Topázio de entregar nossa cidade “como presente” para a especulação imobiliária, nos 350 anos de aniversário …

Mantida manifestação do Plano Diretor na segunda 20/03

Atenção! Recomendação NÃO é Suspensão! A recomendação de suspensão da tramitação do Plano Diretor de Florianópolis pelo Ministério Público Federal é um fato importante, mas por si só não garante a nossa vitória. A votação na Câmara de Vereadores do Plano Diretor continua agendada para segunda-feira, dia 20/03. Não é hora de vacilarmos! Precisamos de …

NOTA SOBRE O LEVANTE DO ANTONIETA DE BARROS: O POVO NÃO ACEITA MAIS AUDIÊNCIAS SEM SER ESCUTADO

Depois de 13 anos de luta por um Plano Diretor Participativo de verdade, nesta segunda-feira (13) o grito saltou das gargantas e explodiu no Levante do Auditório Antonieta de Barros, na ALESC, evocando outro, o Levante do TAC, em 2010. A vontade popular fez valer sua revolta de forma organizada, instalando uma Assembleia Popular no …

Estado de Exceção – Nota sobre o ato de ontem em Florianópolis contra PEC241 e MP de reforma do ensino médio

captura-de-tela-de-2016-10-11-164449

Ontem mais uma vez nos unimos nas ruas contra a violência da PEC 241, projeto do governo golpista e opressor. A PEC do fim do mundo e do congelamento dos investimentos nos serviços públicos por vinte anos. Em nenhum país do mundo tal medida foi adotada! Essa PEC é a SENTENÇA DE MORTE em todos os serviços públicos: saúde, educação, cultura, assistência social, fiscalização, pesquisa etc. Querem nos convencer que a medida é boa para o país, mas não seremos enganados, a solução da crise nunca será precarizar ainda mais as nossas vidas! Que diminuam os gastos com os juros da dívida pública!

Ontem mais uma vez sentimos na pele a mão opressora do Estado de Exceção que se tornou o Brasil, uma polícia militar com ordem de atirar sem ver. Bombas de gás lacrimogênio, spray de pimenta, bombas de efeito moral e balas de borracha em uma sequência absurda de disparos. Companheiras e companheiros atingidos no rosto, cabeça, boca, tórax; quatro pessoas hospitalizadas. Três pessoas detidas sem qualquer tipo de crime, seis pm’s em cima de uma garota desarmada, cassetete com a pessoa no chão. Mídia independente sendo agredida e presa, tendo seus equipamentos de trabalho avariados, quebrados, destruídos. Há de se entender que o novo modelo de ditadura regida pela pseudo legalidade institucional janta nossos direitos num domingo, vota os tempos obscuros na segunda feira e comemora não com fogos mas com bombas de gás e balas de borracha. Nós, enquanto coletivo, repudiamos as ações desmedidas pa Polícia Militar de Santa Catarina, todo o excesso de violência praticada contra os manifestantes ferindo e espancando mulheres. Repudiamos a criação de provas, prisões descabidas e a tentativa de criminalização do movimento. Rejeitamos todos os comentários fascistas, agressivos e covardes em nossa página ameaçando, caluniando e tripudiando sobre a imagem dos feridos e demais. Tomaremos todas as medidas cabíveis contra a violência policial e os fascistas de plantão serão denunciados por crime de ameaça. Nós denunciamos o governo golpista e opressor que usa a PM para intimidar e cercear nossa liberdade de expressão e manifestação com violência de forma truculenta e covarde.

Florianópolis, 11 de Outubro de 2016
Estado de Exceção! Rede Fora Temer Floripa

“DIRETAS JÁ”, SERÁ?

diretas-ja

Nas últimas semanas tem aparecido de forma mais enfática a pauta da defesa de eleições diretas, ainda em 2016, para a presidência e o congresso.

Essa demanda é bastante compreensível e legítima, tendo em vista toda a ilegalidade que ronda o governo Temer e o golpe que o originou – sobretudo se a concretização desta pauta surgir através de pressão das ruas. Entretanto, é sempre válido nos questionarmos: seria essa uma solução real e efetiva para os problemas que estamos enfrentando? E, ainda, seria a chamada por novas eleições a reivindicação mais urgente que temos que levantar?

De maneira muito pontual, devemos ressaltar quatro ataques principais bastante concretos e grotescos aos direitos sociais, que já se encontram em pauta e tramitação: a reforma da previdência, a reforma trabalhista, a PEC 241 (que congela os gastos com serviços como saúde e educação) e os projetos de privatizações em massa.

Estas quatro “porradas na cara do/a trabalhador/a” caracterizam, de fato, questões que devem ter tratadas e enfrentadas em caráter de urgência. São elas que terão consequências práticas nas vidas de brasileiras e brasileiros, podendo ser aprovadas muito mais rápido do que se imagina.

Seria ingenuidade pensar que a única figura por trás destes projetos é o governo Temer. Acordos e rearranjos dos direitos sociais desta natureza já vêm sendo negociados há tempos por diversas forças que influenciam a política e a politicagem brasileira, como por exemplo, o setor do grande empresariado.

Mesmo que as palavras de ordem gritadas nas ruas por “Diretas Já” sejam legítimas, é fundamental considerarmos a possibilidade de cooptação da pauta pelos golpistas. Assim como fizeram com Cunha, Temer também pode ser descartado e transformado no novo bode expiatório da direita. 

Não podemos deixar que a força das ruas seja usada novamente contra o povo. Temer pode ser facilmente substituído por outra pessoa apta a aplicar medidas talvez até piores de ataques aos direitos sociais, legitimada pela encenação democrática das eleições diretas  e livre da acusação de golpe.

Vale também lembrar que eleições diretas,sem que haja uma ampla reforma política,tendem a ser uma grande roubada, já que os maiores financiadores de campanhas são os mesmos que financiaram o golpe.

Portanto, temos a convicção de que novas eleições não garantem que essas políticas retrógradas sejam barradas. Ainda que compreendendo a motivação dos/as que clamam por “Diretas Já”, acreditamos que é o momento de contratacar de forma prática, enfática e urgente todos esses ataques  aos nossos direitos. 

Se DIRETAS JÁ não resolvem nossos problemas, convocamos a todas e todos para aderirem a luta por  DIREITOS JÁ!

CONTRATAQUE!

FORA TEMER!

DIREITOS JÁ!

“DIRETAS JÁ”, SERÁ?

diretas-ja

Nas últimas semanas tem aparecido de forma mais enfática a pauta da defesa de eleições diretas, ainda em 2016, para a presidência e o congresso.

Essa demanda é bastante compreensível e legítima, tendo em vista toda a ilegalidade que ronda o governo Temer e o golpe que o originou – sobretudo se a concretização desta pauta surgir através de pressão das ruas. Entretanto, é sempre válido nos questionarmos: seria essa uma solução real e efetiva para os problemas que estamos enfrentando? E, ainda, seria a chamada por novas eleições a reivindicação mais urgente que temos que levantar?

De maneira muito pontual, devemos ressaltar quatro ataques principais bastante concretos e grotescos aos direitos sociais, que já se encontram em pauta e tramitação: a reforma da previdência, a reforma trabalhista, a PEC 241 (que congela os gastos com serviços como saúde e educação) e os projetos de privatizações em massa.

Estas quatro “porradas na cara do/a trabalhador/a” caracterizam, de fato, questões que devem ter tratadas e enfrentadas em caráter de urgência. São elas que terão consequências práticas nas vidas de brasileiras e brasileiros, podendo ser aprovadas muito mais rápido do que se imagina.

Seria ingenuidade pensar que a única figura por trás destes projetos é o governo Temer. Acordos e rearranjos dos direitos sociais desta natureza já vêm sendo negociados há tempos por diversas forças que influenciam a política e a politicagem brasileira, como por exemplo, o setor do grande empresariado.

Mesmo que as palavras de ordem gritadas nas ruas por “Diretas Já” sejam legítimas, é fundamental considerarmos a possibilidade de cooptação da pauta pelos golpistas. Assim como fizeram com Cunha, Temer também pode ser descartado e transformado no novo bode expiatório da direita. 

Não podemos deixar que a força das ruas seja usada novamente contra o povo. Temer pode ser facilmente substituído por outra pessoa apta a aplicar medidas talvez até piores de ataques aos direitos sociais, legitimada pela encenação democrática das eleições diretas  e livre da acusação de golpe.

Vale também lembrar que eleições diretas,sem que haja uma ampla reforma política,tendem a ser uma grande roubada, já que os maiores financiadores de campanhas são os mesmos que financiaram o golpe.

Portanto, temos a convicção de que novas eleições não garantem que essas políticas retrógradas sejam barradas. Ainda que compreendendo a motivação dos/as que clamam por “Diretas Já”, acreditamos que é o momento de contratacar de forma prática, enfática e urgente todos esses ataques  aos nossos direitos. 

Se DIRETAS JÁ não resolvem nossos problemas, convocamos a todas e todos para aderirem a luta por  DIREITOS JÁ!

CONTRATAQUE!

FORA TEMER!

DIREITOS JÁ!