XØKE – Mo(n)stra Independente de Arte de Guerra de 06/12 até 10/12

Replicação de Catarinas.info.

A terceira edição da #XØKE acontece entre 6 e 10 de dezembro de 2017 por diversos espaços de Florianópolis. Serão 5 dias de programação com 45 ações, entre interferências urbanas – e na praia , exibição de vídeos, intervenções impressas – através de lambes, rodas de conversa, oficinas, entre outras atividades.

“A XØKE :: Mostra independente de arte de guerra é uma ≡ ∆ MO(n)STRA ∆ sem corpo e sem nome que penetra nas brechas no cis-tema_ ebulição vulcânica de muitos gritos contidos_ rasgando o chão que sustenta a ordem nossa de cada dia_ DiStOrCeNdO a imagem limpa e cheirosa dos cartões postais ††††††† saem dos bueiros o mal-estar da cidade oculta e invisível, aquela que não se quer ver, dilacerando a mão estendida e podre do colonizador que conta suas nota$ sujas sentado sobre as CORPAS que não são contadas.”

P R O G R A M A Ç Ã O

QUARTA-FEIRA|  06. 12
09h-13h | Local: Casa 431 (Rua Visconde de Ouro Preto, 431 – Centro)
Oficina “O Corpo em Jogo na Cidade” (9h -12h)  com Entropia Experiências Artísticas (SC)
INSCRIÇÕES: goo.gl/forms/0AtzxLn8XwpWuUDb2
*Contribuição espontânea*

11h | Saída: Ônibus TICEN-TICAN (Centro)
PÓ-E-SCIA PERFORMÁTICA (30min)  com Ayvu (SC)

12h | Local: Largo da Catedral
pra colapsar distância: insistência (1h)  com Le Bafão e Nick Ferreira(SC/TO)

13h | Local: Praça XV
Intervervenção do Trio Arroz de Festa (30min)  com Trio Arroz de Festa(SC)

15h | Local: Praça XV
À Deriva Sonora (45min)  com Rodrigo Ramos (SC)

15h30 | Local: Largo da Alfândega
PORNOCÓPIA (30 min)  com Estúdio de Arte Rebelde (SC)

A definir | Local: Senadinho (Rua Felipe Schmidt – Centro)
O ABISMO (2h)  com A)Gentes do Riso (SC)

17h | Local: Casa Vermelha (R. Conselheiro Mafra, 590 – Centro)
ANSEIOS (30min) com  Ieda M Takaya (SP)

20h | Local: Largo da Alfândega
Vídeos de XØKE ||| Territórios móveis: rua como relação e guerrilha ||| (41min)
Melindrosa ~~~ Ana Luisa Santos
infiltration º2 ~~ Manuel López
P/HERZER ~~ Caio Jade e Lu Hiroshi
registro – Desidentidade | Mulher – Dani Barsoumian ~~ Jeffe Grochovs
Contemplacão ~~ Van Jesus

21h | Local: La Kahlo Bodega (Av. Hercílio Luz, 633 – Centro)
Depois da inocência (10min)  com Maini Ian (SC)

21h30 | Local: La Kahlo Bodega (Av. Hercílio Luz, 633 – Centro)
JENYFER (10min)  com OS Indirigíveis (SC)

22h | Local: La Kahlo Bodega (Av. Hercílio Luz, 633 – Centro)
Fracasso é pra poucos (20min)  com Marília Madalena Outra Fulô (SC)

QUINTA-FEIRA 07.12
09h-13h | Local: Casa 431 (Rua Visconde de Ouro Preto, 431 – Centro)
Oficina “O Corpo em Jogo na Cidade”  com Entropia – Experiências Artísticas (SC)
INSCRIÇÕES: goo.gl/forms/0AtzxLn8XwpWuUDb2
*Contribuição espontânea*

10h | Local: Conselheiro Mafra
INTERVENÇÃO CIRÚRGICA (1h)  com Caroline Serafim Dias e SilMar P RioMar (SC)

12h | Local: Rua Conselheiro Mafra
Chronos-orgia (1h)  com Passarinha in Xamas (SC)

13h | Local: Rua Trajano
Kinksters (40 min)  com Van der Ground

14h | Local: Casa Vermelha (R. Conselheiro Mafra, 590 – centro)
Escuta esse silêncio! (1h30) com Nemê Dan Saramor (SP)

15h | Local: Rua João Pinto
URRO (30 min) com Desordenada Coletivo Artístico (PR)

16h | Saída: TICEN – Plataforma B
Jam Busão (1h) com Coletivo Transitório de Praticantes de Contato Improvisação da Ilha
Trajeto: TICEN – TIRIO – Campeche

16h30 | Local: Largo da Alfândega
Biruta Nua e Crua (30 min) com Calini Detoni [ Palhaça Biruta ] (SC)

17h30 | Local: Travessa Ratcliff
Onça Pintosa (30 min) com Zezé Vivian e Lutiano José (RS)

20h | Local: Praça da Lagoa
Vídeos de XØKE ||| Entre corpos: caminhos do indivíduo coletivo ||| (30min)
o que dizer há uma pessoa que se recusa a morrer? ~~ Cali Ossani
Requiem 1:55 ~~ Mariana Rocha
Sobre as experiências que te tornam muda ~~ Passarinha in xamas, Bu Amato
Eu robô ~~ Sara Não Tem Nome
IMPRESSÕES INVISÍVEIS ~~ Ana Paula Digues
Perejil – Priscila Fernandes
“A Experiência da vida é a pergunta” ~~ Experimento 12: “O mar e ela” – Luanah Cruz
Antro-porno-fagia: Everton Lampe, Lucas Bernardi
experimento (13 de 90) ~~ Maite Nolasco
Em Memória do Meu Ovário Enfermo ~~ Kali Kali

22h | Local: CASA DE NOCA ♫
LA XØKATA – cerimônia de causamento da XØKE
+ programação em breve +

SEXTA-FEIRA 08/12
11h | Local: Rua Felipe Schmidt
Ação Náuseas (1h) com Coletivo Artístico Una (SC)

12h | Local: Largo da Alfândega
MACEDUSSS & Os Desajusta Bando em Marcha de Amor Delicia Defesa da Belezinha do Lixo: O LIXO É O NOVO PIXO! (1h) com MacedusssMACEDU$$$: Identidade Coletiva! (SP)

13h30 | Local: Escadaria do Rosário
Espero Poder Enxergar (1h) com Coletivo Espero Poder Enxergar (SC)

14h | Local: Rua Conselheiro Mafra
PAREDEBALAEU (30min – 2h) com Gustavo Silvamaral (DF)

15h | Local: Rua Felipe Schmidt
excrementos de um poema sujo (45 min) com Vinicius Viana (MA)

16h | Local: Largo da Catedral
Sangue nosso de cada dia (1h) com Carol Zica (SC)

17h | Local: Largo da Alfândega
Experiment-ação-direta Corpus em Chamas (50 min) com Grupa (SC)

18h | Local: Travessa Ratcliff
Enxerto (1h30) com Thais Ponzoni (SP)

19h | Saída: Felipe Schmidt
(sobre)Vivendo ao (meu querido) Inferno (1h) com Carole Crespa aka Bet Raba (SC)

20h | Local: Terminal Velho
Vídeos de XØKE ||| Massa que reage: todas as ações coletivas possíveis ||| (33min)
Les Plages d’Ique ~~ Ique Gazzola
DIOTA ~~ Natasha de Albuquerque
Dança das cadeiras ~~ Corpos Informáticos
A calma do Boi ~~ Ana Carolina Nogueira
Video Arte, Transeuntes ~~ Larissa Brum
Rasteira n.2 ~~ Cali Ossani

20h30 | Local: Terminal Velho
RØDA DE CØNVERSA ~~~~ sobre os vídeos de XØKE
com Cláudia Cárdenas

SÁBADO 09.12
09h | Local: Praça da Lagoa da Conceição
Espaço do Silêncio (7h) com Nina Caetano (MG)

09h30 | Local: Praça da Lagoa da Conceição
Encontro Performático Purpurinado Libertário Monstruoso e Molhado de Bolhas de Sabão Gigantes (2h) com Jão Nogueira (BA)

10h | Local: Praça da Lagoa da Conceição
Trocando olhares (1h30) com Gabi Fregoneis (PR)

11h | Local: Praça da Lagoa da Conceição
Dividindo a cama platonicamente ou +\- (2h) com Mauricio Oliveira (PR)

12h | Local: Pitoco – Lagoa da Conceição
Revés (40 min) com Coletivo SOU (SC)

14h-18h | Local: La Kahlo Bodega (Av. Hercílio Luz, 633 – Centro)
Oficina de Zine com Coletivo Entulho
(parceria com flamboiã – feira de publicações de artista)

15h-18h | Local: Espaço Transformando (Serv. Rio Ponche, 733 – Rio Vermelho)
Xøkinha no Espaço Transformando
++ programação no evento ++

19h30 | Local Terminal Velho
RØDA DE CØNVERSA
Seguido de Batalha das Mina – Florianópolis

22h | Local: Encruzilha Travessa Ratcliff com R. João Pinto
Isoporzinho Parceria com flamboiã
+++ mais info no evento +++

DOMINGO 10.12
11h | Local: Praça da Lagoa da Conceição
AÇÃO CØLETIVA

14h | Local: Praia do Campeche
ØKUPA PRAYA

16h20 | Local: Praia do Campeche
RØDA DE CØNVERSA ~~~~ Corpas pulsantes e atordoadas: como criar brechas/ táticas de resistência em tempos de retrocessos, censuras e perseguição? E a arte independente: por que, para quem? ~~~~

>>>>> nas ruas INTERVENÇÕES IMPRESSAS <<<<<
AGITPORN, de Milequinhentos Oanoquenão Terminou
dEs.nU.dO, de Luan Bittencourt
Dib art digital collage, de Dib art
FUFA-TE, de fugaz
Fluidez Viva, de Fluidez Viva
Guerra Fria, de N Jeans
Humanx, de Tom Kyo Humanx
O Banquete do Entreguismo, de Lilith e Thamara
Placentofagia, de Douloucas
scan-me, Wemerson Prazeres ou Ué
sem título, de Marília Madalena Outra Fulô

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Esta edição da XØKE está sendo construída buscando a auto-gestão de maneira colaborativa com artistas, coletivos de arte, produtorxs e espaços culturais locais para intervir e desestabilizar a coreografia imposta na cidade. QUEM FORTALECE TAMBÉM? AdehonlineInstituto Arco-Íris Direitos HumanosETCCasa VermelhaflamboiãLa Kahlo Bodega, Espaço Transformando.

1° Marcha das Periferias – Florianópolis – 20/11


Sim estamos lutando por que estamos em Guerra, todos os dias nas periferias do país inteiro acontece um massacre, um ataque a cada instante é a realidade desse país que a justiça tem cor e classe social. Contra o Genocídio da juventude negra, convocamos todo povo periférico de Santa Catarina a se organizar e vim para a primeira Marcha das periferias de Santa Catarina. No dia 20 de novembro. ✊ Contra o extermínio da Juventude negra e Contra Temer e suas reformas vem com nós ✊
Lançamento oficial das atividades de construção e preparação para marcha.
20/10/2017
Inscreva-se, participe, apoie, realize em sua quebrada uma atividade de construção para a Marcha.

Marcha das periferias
Shows de Rap
Batalha das Periferias
Sarau ZUMBI

Realização:
Movimento Hip Hop Militante Quilombo Brasil
SLAM Continente
Quilombo Raça e Classe – Florianópolis

Apoio:
Dekilograma
Lutar é Preciso
CSP – CONLUTAS
Venha ser mais um apoiador, entre em contato.

Evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/139246236702114/

Sonora e Forúm das Mulheres no Hip Hop de SC

SUMEMO FAMÍLIA!

Quarta-feira agora, a partir das 17hrs, estará acontecendo o Forúm das
Mulheres no Hip Hop de SC, organizado pelo Sonora e a Batalha das Mina.

O Sonora é um festival que acontece em todo país, e reúne dezenas de
mulheres compositoras, com a intenção de maior força e visibilidade, sem
busca de fins lucrativos, e esse ano é a primeira vez que temos um dia
inteiro voltado ao HIP HOP! Vai ser no CIC, e começa a partir das 17 horas,
com entrada gratuita a todas as pessoas. Da um olhada na programação 👇🎶

🌼 17:00 : Oficina de Rima com Ka Alves (K47) e Suzi Oliveira (Clandestina);
🌼 18:00 : Forúm das Mulheres no Hip Hop com Barbara (Dj Brum), Ka Alves
(K47), Monique (Gugie), Sara, Suzi (Clandestina)
🌼 20:00 até 00:00 : Role Das Manas : Espaço aberto com apresentações da
K47, Trama Feminina, Dj Brum, poemas e intervenções. Vai estar disponível
MICROFONE ABERTO a todas as mulheres (cis e trans), homens trans e pessoas
não-binárias, vamos participar! 😊👊🌼

Então não da pra perder, né mores?! Vamo somar e prestigiar nossa junção
com a maior força que temos juntxs: A ARTE!

VIVA A CULTURA 🌼👊💜

23ª edição do Grito dos Excluídos.

Prezados parceiros,

A articulação Arquidiocesana das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) em comunhão com toda a Igreja do Brasil realizará a 23ª edição do Grito dos Excluídos.

Essa é uma atividade desenvolvida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Pastorais Sociais, CEBs, Movimentos Sociais e demais organizações da sociedade civil, cujo objetivo é discutir com toda a sociedade sobre as questões sociais e políticas que assolam o nosso país, e buscar alternativas de superação.
Para esse ano de 2017, o Grito dos Excluídos traz como tema: Vida em primeiro lugar! Por direitos e democracia, a luta é todo dia!

Nessa perspectiva, as CEBs e as Comunidades do Monte Serrat e Alto da Caieira realizarão uma atividade alusiva ao Grito dos Excluídos, tendo presente as vidas ceifadas de centenas de jovens, especialmente os oriundos das periferias da grande Florianópolis.

Para que possamos fazer desse dia, um momento de resistência e de denúncia contra todas as formas de exclusão, convidamos a vossa instituição/grupo/organização para ser nosso parceiro nessa luta.
A atividade será no dia 07 de setembro, a partir das 9h, na localidade da Caixa d’água no Monte Serrat. Teremos um café partilhado, apresentações culturais e uma roda de conversa.

Apresentações culturais: Grupo Portal do Choro (João Paulo e Hainik), Cantor Julio Black, Grupo da Velha Guarda – Copa Lord, Sarau de Poesia com a escritora Nana Martins,
Desde já agradecemos a atenção e contamos com sua disponibilidade e parceria.

Fraternalmente,
Pe. Vilson Groh
Pela Equipe Arquidiocesana das CEBs

Rua Cônego Serpa em Santo Antônio de Lisboa será ‘ocupada’ sábado (26/08)

“Ocupa a Cônego Serpa”, nome do movimento artístico-cultural marcado para este sábado (26.8), às 16 horas, no centro histórico de Santo Antônio de Lisboa.

Presença de artistas visuais, atores, escritores, músicos e produtores culturais em favor da liberdade de expressão e uso do espaço público.

O convite para o ato diz”: “Manifesto cultural em nome da música, da arte e uso compartilhado do centro histórico de Santo Antônio de Lisboa. Cultura não se mata, cultura preserva-se”.

 

Via Daqui na Rede

CARTA DE FUNDAÇÃO DA REDE DE DIREITOS HUMANOS PELO FIM DA VIOLÊNCIA E PELA CONSTRUÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS

No dia 19 de agosto, movimentos sociais, coletivos, sindicatos e lideranças fundaram uma rede que visa discutir ações que amenizem as lacunas deixadas pela ausência do Estado e que promovam melhorias para a qualidade de vida das(os) moradoras(es) do Maciço do Morro da Cruz. Segue sua carta de fundação abaixo:

REDE DE DIREITOS HUMANOS PELO FIM DA VIOLÊNCIA E PELA CONSTRUÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS

“Direitos Humanos não se pede de joelhos, exige-se de pé” (Dom Tomás Balduíno)

O número de jovens assassinados na periferia de Florianópolis, somente no primeiro semestre de 2017, ultrapassou 110 mortos. A violência nos morros e comunidades empobrecidas aumenta vertiginosamente na mesma proporção em que aumenta o ódio, o preconceito de gênero e racial, gerando o extermínio da juventude negra.

Em Florianópolis, frequentemente cidadãos têm suas casas invadidas pela polícia, com a destruição dos círculos familiares, dos bens materiais, e dos sonhos por uma vida digna. Para quem vivencia o luto, a perda de alguém representa a perda de um pilar que jamais será substituído por qualquer forma de compensação oferecida pelo Estado.
Enquanto a letalidade do Estado segue dizimando a população, nos meios de comunicação as mortes são tratadas com frieza, em tom de estatísticas ou de uma forma que evidencie a exclusão social para com os moradores dessas comunidades, numa tentativa banal de justificar tais mortes alegando um possível, e pressuposto, envolvimento com o tráfico, criminalizando esse setor da sociedade. Portanto, criminalizando a pobreza.

Em que pese existir um órgão para dar conta da apuração das mortes ocorridas, Florianópolis conta com apenas uma Delegacia de Homicídios, e somente um delegado para comandar as investigações dos crimes contra a vida. Dessa forma, a violência sofrida pelas famílias pobres é sempre colocada em segundo plano. Faltam medidas preventivas e inclusivas para diminuir esse Estado armado.

Estamos diante de centenas de famílias, e laços afetivos desfeitos, sem que o Estado assuma sua culpa em deixar de programar políticas públicas, como moradia, saúde, educação, cultura, lazer, formação profissional, emprego e renda, que possibilitem acabar com as causas de fundo, que contribuem para o aumento da violência.
Agravando a situação de emergência, centenas de pessoas não sabem como obter amparo nos casos de violência. Num clima de pânico generalizado, sofrem com a opressão estatal representada pelo poder de polícia. Igualmente, o Poder Executivo do Município se cala diante da violência, realizada contra seus cidadãos.

É diante desse quadro de guerra que lideranças comunitárias, representantes de diversas religiões, associações de moradores, advogadas (os) populares, vereadores, deputados estaduais e movimentos sociais estão construindo uma REDE DE DIREITOS HUMANOS PELO FIM DA VIOLÊNCIA E PELA CONSTRUÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS, buscando conjuntamente denunciar os abusos do Estado, lutando pelo cumprimento dos direitos das comunidades e famílias de Florianópolis. Não se trata de apenas exigir direitos por direitos, mas de lutar para que se concretizem aquelas garantias que foram conquistadas somente no papel, assim como pela obtenção e afirmação de novos direitos que satisfaçam necessidades, legitimem o direito à cidade, para que todos, sem distinção de classe, raça e gênero, tenham acesso aos direitos que promovem uma cidadania plena.

Convidamos a todos e todas para integrarem e fortalecerem nosso movimento, assumindo também a luta pelos Direitos Humanos, a fim de ultrapassar as estruturas do aparelhamento estatal, excessivamente burocratizadas, sempre aquém do que é esperado pelo povo, perante a grave situação de violência social. Precisamos mudar essa realidade que as comunidades vêm enfrentando, desde o início de suas formações. Solidários e unidos em defesa e construção de direitos, Venceremos!

Constroem essa rede e assinam essa carta:

Lideranças Comunitárias do Maciço do Morro da Cruz
UFECO – União Florianopolitana das Entidades Comunitárias
RENAP/SC – Rede Nacional de Advogadas e Advogados Populares
Paróquia Nossa Senhora do Mont Serrat
Movimento Ponta do Coral 100% Pública
MMM – Marcha Mundial de Mulheres
Coletivo Advocacia Feminista Mulheril
Gabinete do Vereador Lino Peres
Gabinete do Deputado Estadual Dirceu Dresch
Brigadas Populares
Rede de Resistências e Lutas Populares
Núcleo de Direito da UNISUL
SINTE – Regional Florianópolis
SINJUSC
SINDSAUDE SC
CUT -Regional Florianópolis
Clinica de Reparação Psíquica NEMPsiC
Frente Brasil Popular Regional Florianópolis
IVG – Instituto Vilson Groh
MNU – Movimento Negro Unificado
Mesa de Ação Social de Diaconia da Igreja Presbiteriana Independente de Florianópolis

CARTA ABERTA A POPULAÇÃO DE FLORIANÓPOLIS — Movimento Nacional População Rua/Santa Catarina

CARTA ABERTA A POPULAÇÃO DE FLORIANÓPOLIS

Viemos acompanhando em nível nacional uma série de atrocidades quanto aos direitos das pessoas em situação de rua, manifestas por extermínio, encarceramento e repressão em massa. Ao mesmo tempo, estamos acompanhando uma série de desmontes nos equipamentos de Assistência Social e Saúde que trabalham com esta população. Na cidade de Florianópolis e região metropolitana não tem sido diferente.

Através de um programa chamo “Floripa Social” que diz ser um projeto de “solidariedade” temos acompanhado a repressão e a retirada de pertences das pessoas em situação de rua, como aconteceu na semana passada em São José. Nestas ações, que dizem contar com apoio da Assistência Social, por meio de uma única trabalhadora que é CC (cargo comissionado) da prefeitura, estão respaldando práticas higienistas ao invés de oferecer o conjunto de políticas públicas preconizado pela legislação.

Sem um único albergue municipal (apenas um ponto de apoio que abre quando a temperatura é menor do que 10 º, para que as pessoas não morram de frio), agora a prefeitura determinou que vai fechar o Centro Pop, serviço que atende pessoas em situação de rua durante o dia. A secretaria de Assistência Social, diz tratar-se apenas de um “reordenamento” e afirma que tem aval do MNPR para isso, o que é uma grande mentira. Por este motivo é que trazemos a tona os fatos:

1) O espaço do Centro Pop já tem sido utilizado aos fins de semana por grupos religiosos que já tem-se mostrado em desalinho com as politicas públicas de um Estado Laico. O que a Secretaria de Assistência Social diz é que a área do atual Centro Pop será de responsabilidade destes grupos de voluntários. Ou seja, ao invés de contratar funcionários públicos que tenham formação e perfil para o cargo, estão abrindo o espaço público para grupos que não devem atuar neste espaço.

2) Sabemos que o Centro Pop atual tem diversos problemas estruturais e somos os primeiros a denunciar que quem manda no Centro Pop é a guarda municipal, a qual, é responsável por diversas violências naquele espaço. Mais de um usuário já foi acordado com spray de pimenta na cara ao cochilar (sim, porque é proibido cochilar no centro pop, mesmo se a pessoa passou a noite na chuva sem dormir!). Alguns trabalhadores não tem perfil para atender pessoas em situação de rua, pois repetem os mesmos estigmas de que todos são violentos, usuários de drogas, ladrões, etc. Desta maneira, legitimam o poder da guarda dentro do serviço mesmo que esta prática fira por completo o regimento do SUAS (Sistema Único de Assistência Social). Somos a favor de um reordenamento, mas não somos a favor de deixar a Rua sem assistência e nem violentar trabalhadores.

3) O local em que querem botar o Centro Pop é um prédio de vários andares. Este lugar não atende as necessidades e o que é preconizado legalmente pelas orientações técnicas para o funcionamento de um Centro Pop, nem é de desejo das pessoas em situação de rua.

4) Por que é necessário fechar o Centro Pop antes de ter um novo lugar?

5) Qual a política de saúde mental para as pessoas que usam drogas em Florianópolis? Pelo que vemos a única via ofertada é a da internação em comunidades terapêuticas. Tem apenas um CAPS Ad (Centro de atenção psicossocial álcool e outras drogas), não tem CAPS AD III (que conta com leitos de desintoxicação e trabalha 24h atendendo crises, inclusive), não tem Equipes de Redução de Danos (que trabalham na rua, juntos aos locais em que as pessoas estão em uso e que não obriga a pessoa a ficar em abstinência), o consultório na rua está desmontado (nunca está na rua), a abordagem social de rua, mesmo que queira fazer seu trabalho, quase não tem lugar para encaminhar as pessoas que queiram tratamento ou abrigo.

6) As políticas de habitação, cultura, lazer e emprego específicas para pessoas em situação de rua simplesmente não existem! Assim como não existem políticas de acompanhamento para quem consegue sair da rua, o que facilita a volta para as ruas.

7) Não existe Restaurante Popular na cidade. Por isso, quem está na rua fica a mercê da boa vontade dos voluntários que distribuem comida e agasalhos. Não temos nada contra o trabalho dos voluntários, muito pelo contrário, mas estamos cansados de não ter nossos direitos assegurados pelas políticas públicas. Pois na hora de fazer campanha política eles não tem nojo de nós.

A RUA RESISTE! NADA SOBRE NÓS SEM NÓS!
NENHUM DIREITO A MENOS!
NÃO RETROCEDEREMOS!

MOVIMENTO NACIONAL DA POPULAÇÃO DE RUA FLORIPA, 21/08/2017

Okupa Sapatão 18/08

Junto com o mês da visibilidade lésbica o isoporzinho ataca novamente!!! Bora sapatonas convictas vem esfregar o cu no chão do asfalto e comemorar com muita luta, resistência e alegria nossas vidas.

Dia 18/08, sexta-feira, a partir das 18 horas vamos nos reunir ali pelo Largo da Alfândega (ou no terminal velho em caso de chuva), levem isoporzinhos, músicas que vocês querem ouvir, roupas para brechó, poemas, performances e muito fogo no cu! COM O PALCO ABERTO pensamos que a ideia de um sarau é importante nesse momento de luta e visibilidade pras nossas corpas! vem poemar, vem juntar, vem causar

A xoke, mostra independente de arte de guerra, vai colar junto na sua movimentação pela causa e pré-xoke com cachacinhas e comidinhas a preços bem fanxinhos!

Ao longo da semana manas e movimentos vão postar que vão colar pra somar no rolê e construir juntes! Postem músicas e iniciativas pra somar tb!!!!

***Na iniciativa aliada ao Mês da visibilidade lésbica surgiu a pira de construir um movimento, principalmente TLB, de construir um coletivo autonomo e autogestionado que se articulasse politicamente em Florianópolis frente a essas questões e a tantas violências que passamos diariamente. Sem frente centralizadora, sem partido, sem rosto; frente autônoma de pessoas transsexuais, lésbicas e bissexuais

PROGRAMAÇÃO {aberta a sugestões!}

18h – Sapatão no violão
Quem quiser e puder, leva sua viola pra gente ir aquecendo!

19h – “Sapatão abra seu coração” – roda de conversa sobre visibilidade lésbica, vivências e enfrentamentos das infinitas possibilidades de se ser sapatão ♥

20h – Sarau do Brejo: Palco aberto pra quem quiser!
Traga aqueles seus rascunhos de poesia que tão na gaveta, aquela inquietação que você quer compartilhar, sua voz, seu corpo!

21:30h – Bora sacudir as pochete com as playlists das maravilhosas:
> Zalui
> Carole Crespa
> Raíssa Éris Grimm
> Alê Peixoto + Lê Bafão

Se joga sapatão, bora ocupar! 😍

******Lembrem de trazer copos pra beber as catuaba, as cachacinha, as cerveja! Não vai rolar copo de plástico.

Evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/522602728074515/?active_tab=about

Organizado por XØKE :: Mostra independente de arte de guerra

Sábado de Sol: Rap, Marcha da Maconha e Repressão Policial em Floripa

Foto: Marcha da Maconha Floripa

Sábado aconteceu a marcha da maconha em diversas cidades do Brasil. Você, “cidadão de bem” pode se perguntar porque raios as pessoas se juntem para protestar pelo uso de uma droga dado que tem tanta coisa errada no país.

Pois bem, já se perguntou se alguém retirasse o seu sagrado direito de beber aquela cerveja na sexta-feira com os amigos ou tomar aquele vinho com a patroa? Ou então fumar aquele cigarro depois do sexo ou tomar um remedinho que aquele médico te receitou para te deixar mais feliz e esquecer um pouco o quão insuportável é a nossa rotina nesse sistema cada vez mais maluco?

Pois bem, existem mais de 1.5 milhões de brasileiros (2012!) que curtem pegar uma planta que existe a milhões de anos, enrolar num papel e fumar. Esta planta, ao contrário do cigarro, por exemplo, tem até propriedades medicinais. O problema é que um tal de Estado (aquele que você é contra quando paga imposto) decidiu que todas estas pessoas não podem fazer isto, que é contra a lei. Uma lei arcaica, motivada por preconceito e questões políticas e comerciais, que está sendo revista no mundo inteiro porque este mesmo Estado se deu conta que não vale a pena continuar seguindo ela. E claro, porque muita gente também descobriu que dá para ganhar muito dinheiro com isto (empresários querem dinheiro e o Estado impostos).

Mas por aqui isto ainda não mudou. Por isto todos os anos milhares de pessoas resolvem marchar contra uma guerra estúpida que prende milhares de pessoas, na sua maioria pretas e pobres, que abastece facções criminosas de dinheiro e armas e gera corrupção. Que mata muito mais que o uso de drogas. E isto, com certeza, te afeta de alguma forma.

Pois bem, em Florianópolis não foi diferente. Mais de mil pessoas resolveram usar seu sábado para marchar. A marcha era pacifica, “paz e amor” como era de se esperar de tantos maconheiros andando na rua, ao contrário do que muitas pessoas costumam pensar sobre esse povo.

Até que houve um impasse, como é comum em manifestações populares. Policia Militar de um lado, manifestantes de outro. Nestes momentos ocorre uma negociação. Mas não houve negociação, pois o manifestante que tentou conversar com o servidor público responsável por sua proteção levou um empurrão, um chute na canela e spray de pimenta na cara. Logo depois os demais policiais atacaram com tapas, balas de borracha, cassetete e spray de pimenta. Uma menina foi agredida com um tapa por um sujeito muito maior que ela. Minha amiga quase foi pisoteada pela multidão em pânico e choque pela agressão gratuita.

Vídeo Jornalistas Livres

Foto: Ramiro Furquim

 

Foto: Ramiro Furquim

Pois bem, e ainda querem que a gente aguente esse mundo de cara?

Mais informações nas mídias alternativas:

#marchaDaMaconha #floripa