PELA LIBERDADE DE VIVER E LUTAR EM 1964, 2017 E SEMPRE

No dia 31 de março de 2017, Florianópolis não se calou: denunciou as atrocidades da ditadura instalada com o golpe civil-militar de 1964 e também as atrocidades do período dito democrático, onde a violência de Estado e a criminalização das lutas continuam vigentes.

Em plena Avenida das Revoltas, em frente ao TICEN, local histórico das mobilizações na cidade, a performance teatral “Passos da Memória” trouxe à luz dos tempos atuais os perigos que o estado de exceção produz. Torturas, assassinatos, perseguições políticas, terrorismo de Estado, criminalização das lutas sociais e aumento da violência nas comunidades periféricas da cidade e do campo.

Caminhamos pelas ruas do centro de Florianópolis, passando por espaços de memória, encenando histórias sobre personagens que marcaram a luta contra a ditadura. Refletimos sobre o que não mudou até hoje: denunciamos as ações violentas sistemáticas da Polícia Militar de Santa Catarina em tratar a pobreza como crime e alvo de repressão violenta, principalmente com a população em situação de rua, as comunidades negras e indígenas, as comunidades periféricas da cidade. 

A apresentação de teatro teve como inspiração momentos de revolta insurgente do povo de Florianópolis, como a Novembrada de 1979 e as Revoltas da Catraca em 2004 e 2005. Sob a proteção da grande figueira centenária, lembramos a resistência histórica e cotidiana do povo da rua e dos povos indígenas. Denunciamos símbolos do genocídio aos povos indígenas, como uma estátua na Praça XV que homenageia o Coronel Fernando Machado – um dos responsáveis por assassinatos em massa do povo guarani na Guerra do Paraguai. Apenas um momento dos 525 anos de genocídio indígena por todo nosso continente, que continua até hoje!
A memória de muitas vidas de lutadorxs nos moveu ao Instituto Arco Íris de Direitos Humanos, onde outras companheiras e companheiros prepararam uma exibição de vídeo, abrindo espaço para debatermos sobre a escalada repressiva dos últimos anos. Estavam presentes professoras, advogadas, estudantes, desempregadas/os. Gente vinda direto das lutas camponesas, movimento da população de rua, sindicatos, movimento estudantil, enfim, gente que vive as ruas como realidade, resistência e utopia.

Compartilhamos, em uma roda de conversa aberta, relatos sobre os ataques que cada movimento ali presente estava sofrendo em termos de criminalização de suas lutas pelo Estado. O MST apresentou os vários casos que vem sofrendo no último período, incluindo companheiros do Paraná que seguem presos nesse momento. Militantes que estiveram no Bloco de Lutas de Porto Alegre relataram o caso dos seis acusados do Bloco, uma perseguição política nítida que envolve risco real de condenação. A população de rua também trouxe os relatos da violência cotidiana sofrida pela mão da Guarda Municipal de Florianópolis, quando pertences são confiscados ou o povo da rua é expulso a socos e pontapés do Centro da cidade.
Terminamos nossa atividade no dia 31 de março com mais uma demonstração de luta e resistência das ruas: uma batalha de rap das minas organizada pelo grupo Trama Feminina, surgido a partir da Batalha de Rap das Minas. A Batalha das Minas se mantém firme todo sábado no Centro de Florianópolis, criando espaço de fala e de trocas de ideias, enfrentando o elitismo e a limpeza social, assim como enfrentando o machismo estrutural que expulsa as mulheres desses espaços, pois não suporta ver as minas e pessoas “fora do padrão” ocupando o espaço público – com sua existência, suas ideias, visões críticas, com sua arte. 

Nossa motivação coletiva para organizar essa atividade foi o recente avanço do processo contra os seis militantes do Bloco de Lutas pelo Transporte Público de Porto Alegre, acusados de liderar as manifestações em Junho de 2013, sofrendo ameaças sérias de condenação por até 20 anos em um processo repleto de irregularidades e perseguição política.Nos juntamos para pensar o que fazer em defesa dessxs companheiras/os: produzimos a nota coletiva que acompanha esse texto e articulamos novas reuniões entre esses movimentos, buscando manter vigília ativa em sua defesa, sem abandonar nunca nossas batalhas cotidianas em tempos de ataques brutais aos trabalhadores e trabalhadoras. Convidamos todas as entidades, movimentos e grupos para se somar a nós nessa tarefa de solidariedade e resistência coletivas!

LUTAR NÃO É CRIME!
SOLIDARIEDADE É MAIS DO QUE PALAVRA ESCRITA!

[Livro] A Criptografia Funciona: Como Proteger Sua Privacidade na Era da Vigilância em Massa

Andamos tratando aqui no blog sobre criptografia PGP e algumas das maneiras que ela pode ser implementada. Hoje estamos compartilhando um guia publicado em 2013 que oferece um rápido panorama sobre o potencial da criptografia seguido de alguns tutoriais passo a passo. Os programas abordados nos tutoriais são Tor, Pidgin e OTR, Email e PGP e Tails. Esse artigo foi escrito por Micah Lee, da Freedom of the Press Foundation. logo após os primeiros vazamentos feitos por Edward Snowden. Esta versão em português contém alguns erros de ortografia mas que não afetam o conteúdo prático.

Baixe o PDF aqui.

Como Criptografar seus Emails de Forma Fácil

Quando enviamos um e-mail para outras pessoas é como se enviássemos cartões postais, quer dizer toda a mensagem fica exposta para quem quiser interceptar. Em alguns casos, a mensagem até fica protegida enquanto está em trânsito, mas uma vez que chega nos servidores, fica legível e a disposição das empresas que hospedam nossas contas.

Usar métodos de criptografia para impedir que leiam seus e-mails muitas vezes é percebido como uma tarefa complexa. Porém com as ferramentas certas, podemos criptografar nossas mensagens com uns poucos cliques. Isso é uma saída para quando precisamos trocar mensagens mais intimas ou proteger nossas conspirações para organizar piqueniques subversivos. Na verdade, a criptografia serve para todos os momentos em que não queremos que nossos dados sejam observados, vendidos, gravados e guardados para posterioridade, independente do que estamos falando. Nesse tutorial vamos ensinar como instalar os plugins necessários para criar sua chave e criptografar suas mensagens no cliente de email.

Breve História

Paul Zimmermann, um ativista anti-nuclear norte-americano, desenvolveu em 1991 a primeira versão do programa de criptografia PGP. O nome vem da sigla em inglês Pretty Good Privacy (em português algo como Privacidade Muito Boa) e tinha o intuito de permitir a postagem anônima em fóruns online, impedindo que o movimento anti-nuclear fosse vigiado pelo Estado. O programa se espalhou rapidamente, principalmente por ter sido lançado gratuitamente e com código aberto incluído com todas as cópias. Em pouco tempo estava sendo usado ao redor do mundo por dissidentes, ativistas e cypherpunks.

Nos anos que se seguiram Zimmermann enfrentou várias batalhas judiciais em função de ter sido responsável pelo desenvolvimento do PGP, no entanto seguiu desenvolvendo melhorias no código. Na metade da década de 90, Zimmermann e seus colegas formaram uma empresa para seguir com o desenvolvimento do PGP. Posteriormente, essa empresa foi adquirida por outras companhias, entre elas a Symantec. Em 1997, Zimmermann e sua equipe propuseram para a IETF (Internet Engineering Task Force) a criação de um padrão de criptografia que pudesse ser intercambiável com o protocolo PGP. Esse padrão veio a ser chamado OpenPGP e a partir daí muitos programas começaram a ser desenvolvidos em torno desse protocolo. A Free Software Foundation desenvolveu o programa Gnu Privacy Guard (GPG ou GnuPG) que é aplicado por várias interfaces. Outros programas estão disponíveis em diferentes linguagens e para diferentes plataformas, incluindo Android e iOS.

Como Funciona

A criptografia PGP  funciona com o uso de um par de chaves assimétricas geradas aleatoriamente. Cada pessoa possui seu par de chaves, sendo uma chave pública e a outra privada. A chave privada é secreta, deve ser guardada com segurança e nunca compartilhada com nenhum pessoa, é com ela que você vai desembaralhar as mensagens criptografadas que receber. Já a chave pública será utilizada por quem quiser lhe enviar uma mensagem criptografada, por isso é bom que você divulgue ela para seus contatos. Abordamos mais a fundo esse assunto nessa postagem.

Existem muitos usos para a criptografia por chaves assimétricas além de segurança de e-mails, sendo parte importante da segurança em vários protocolos da internet como TLS, mensagens instantâneas e podendo ser usada para verificar a integridade de arquivos como demonstramos anteriormente aqui.

Baixando os complementos necessários

GnuPG, GPG4Win e GPGTools

Se você usa sistemas operacionais Gnu/Linux você provavelmente já tem GnuPG instalado em seu computador. Se você roda sistemas operacionais não-livres, terá que baixar e instalar um programa para operar as suas chaves. Para Windows, você deve baixar o programa GPG4Win e para Mac o programa se chama GPGTools. Baixe e instale optando sempre pelas configurações padrões.

Thunderbird

Você vai precisar de um cliente de e-mails instalado em seu computador. Um cliente de e-mails é um programa que opera no seu computador e acessa seu servidor de e-mails para receber e enviar mensagens. Ainda que existam complementos que permitem utilizar chaves PGP diretamente no webmail, é preferível fazer a criptografia na própria máquina. Para esse tutorial vamos usar o Thunderbird, que em alguns sistemas pode ser chamado de IceDove. Caso você ainda não tenha o programa instalado, baixe-o no site da Mozilla e instale-o.

Abre o Thunderbird e siga o assistente de configuração passo-a-passo para configurar sua conta de e-mail.

Caso utilize uma conta em servidores radicais como o Riseup.net ou Inventati, dê uma conferida nos tutoriais que esses coletivos disponibilizam pois oferecem configurações otimizadas para maior segurança.

Enigmail

Com sua conta configurada para receber e enviar e-mails através do Thunderbird, é hora de baixar o complemento Enigmail. É esse plugin que vai servir de interface para todo o processo de criptografia do GnuPG.
No menu do programa de e-mails, busque a parte de configurações – geralmente representada por três barras empilhadas no canto direito. Nesse menu, vá até Ferramentas e então Complementos. Busque por Enigmail, e depois de instalá-lo reinicie o programa.

Criando suas chaves

Quando reiniciar o programa, o assistente de configurações do Enigmail deve abrir automaticamente. Caso não abra, vá novamente até o menu do programa de e-mails e selecione Enigmail e Assistente de Configuração.

No assistente de configuração, clique em Avançar com as opções padrão selecionadas, exceto nesses casos:

-> Na tela entitulada “Encryption”, selecione “Encrypt all of my messages by default, because privacy is critical to me”.
-> Na tela entitulada “Assinatura”, selecione “Don’t sign my messages by default”.
-> Na tela entitulada “Seleção de Chave”, selecione “Eu desejo criar um novo par de chaves para assinar e criptografar minhas mensagens”.
-> Na tela entitulada “Criar Chave”, escolha uma senha forte!

Recomendamos fortemente a utilização de senhas longas e aleatórias. Considere utilizar um gerenciador de senhas ou o método Diceware (Dadoware) para elaboração dessa senha.

A seguir o computador irá gerar seu par de chaves. Isso pode demorar um pouco, nesse meio tempo é importante que você utilize seu computador para todo o tipo de tarefas, isso vai ajudar o computador a gerar suas chaves aleatórias.

Pronto!

Teste suas configurações: Envie um e-mail para Edward, o bot da Free Software Foundation, << edward-pt-br@fsf.org >>. Comece enviando sua chave pública em anexo para o bot. Lembre-se que esse e-mail não pode ser criptografado, já que você ainda não tem a chave pública de Edward. Ele lhe responderá em alguns minutos e você poderá testar descriptografar sua primeira mensagem!

Aproveite para achar um/a cúmplice para seguir esse tutorial e criar suas chaves. Usem as ferramentas para começar a se enviar e-mails verdadeiramente secretos!

Oficina na CryptoRave: Política e tecnologia na sociedade do controle

O Mariscotron ministrará a oficina “Política e tecnologia na sociedade do controle” durante a CryptoRave que acontece em São Paulo entre os dias 5 e 6 de maio.

Dia: 06/05/2017
Hora de início: 14:10
Duração: 00:50
Sala: Aaron Swartz

Descrição:

É uma oficina básica para apresentar os aspectos políticos e tecnológicos da Cultura de Segurança. Engloba, de maneira geral, técnicas de ofuscação digital, criptografia assimétrica e boas práticas com respeito à tecnologia para o desenvolvimento de uma cultura voltada para a segurança dos de baixo.

A Cultura de Segurança é um conjunto de práticas e conhecimentos que promove uma vida segura dentro da comunidade onde ela se desenvolve. Quando falamos em conhecimentos temos em vista uma melhor avaliação de riscos e previsão de consequências para dadas ações. Isso depende de uma compreensão global e comunitária do entrelaçamento entre política, tecnologia e controle. Já as práticas são as próprias ações ou meta-ações que dão a qualidade de segurança ao que se quer fazer, que poderiam estar relacionadas a ofuscação, criptografia, entre outras.
Encorajamos as pessoas a trazerem seus computadores para experimentar na prática ferramentas simples como no-script, tor-browser, trackography, e anotar links, compartilhar materiais de estudo e trocar contatos.

Mais informações: https://cpa.cryptorave.org/pt-BR/CR2017/public/events/41

[doc] Top Secret Rosies – mulheres computadoras na II Guerra Mundial

O filme busca reconhecer a contribuição de mulheres durante a II Guerra Mundial, servindo como computadoras humanas e seis delas foram para o primeiro programa dos primeiros computadores, o ENIAC (pelos anos 1940). Seu trabalho ajudou os Estados Unidos a melhorar a acurácia do seu armamento, em especial, na análise de balística. (wikipedia.org)

Artigo When women were computers (“Quando mulheres eram computadoras”)

Repressão Pós 2013: Novos perseguidos políticos 53 anos depois do golpe [31/03]

No desaniversário do golpe civil-midiático-militar de 1964, que abriu um período de barbárie e sofrimento para o povo brasileiro, somos obrigados a olhar para o passado e também para o presente. Existe uma perigosa escalada repressiva em curso, que articula a violenta ação policial e paramilitar; a vigilância privada e estatal; e também os braços longos da injusta Lei, que só se voltam contra o povo pobre, a população negra e todas as pessoas que ousam lutar por seus direitos. Lembramos alguns exemplos:

– A prisão de Rafael Braga, jovem negro acusado de portar material explosivo pelo simples porte de produtos de limpeza no dia 20/06/2013 e preso há anos;

– A aprovação da Lei Antiterrorismo em 2014, que pode ser usada para enquadrar movimentos sociais em penas duríssimas;

– Os inúmeros casos de infiltração policial em movimentos sociais, como o recém-revelado caso do militar Willian Botelho, que usava o nome “Balta Nunes” no aplicativo Tinder para se aproximar de ativistas em São Paulo;

– Militantes de Joinville/SC que respondem a dezenas de processos promovidos pelos empresários de transporte da Gidion e Transtusa, por sua participação nas lutas contra a tarifa em 2013 e 2014;

– O pedido de prisão da Prefeitura de Florianópolis contra dirigentes sindicais do Sintrasem, que organizou uma vitoriosa greve em 2017 mesmo com as decisões judiciais pela ilegalidade do movimento;

– O andamento dos julgamentos contra os 6 militantes do Bloco de Lutas de Porto Alegre, realizado com policiais infiltrados, depoimentos da grande mídia e acusação de crimes como “associação criminosa” nas lutas de 2013.

Convidamos os movimentos sociais e entidades populares para conversar sobre esse novo momento e pensar coletivamente em estratégias para que a repressão não cale nosso justo grito por dignidade e por direitos, inspirados na memória de resistência popular contra a ditadura que permanece viva em nosso cotidiano.

PROGRAMAÇÃO:

17h30: Encontro em frente ao TICEN – Caminhada da memória e performance artística
18h30: Vídeo-debate no Instituto Arco-íris
21h: Atividades culturais na Travessa Ratcliff

PARA QUE NÃO SE ESQUEÇA, PARA QUE NUNCA MAIS ACONTEÇA!
MEMÓRIA, VERDADE E JUSTIÇA!
LUTAR NÃO É CRIME!
RODEAR DE SOLIDARIEDADE AS E OS QUE LUTAM!

Personagens Escondidas

O filme Hidden Figures, de 2016, conta a história de três mulheres negras, integrantes do grupo segregado de “computadoras” na NASA, que conquistam seu espaço na agência durante a corrida espacial nos anos 1960. Elas sofrem cotidianamente discriminação por serem negras e também mulheres, e para piorar, num ambiente dominado pela arrogância masculina: a engenharia e a computação. As mulheres vêm realizando diversos feitos durante a história da humanidade, mas continuam sendo personagens deliberadamente escondidas, com suas histórias muitas vezes apagadas, quando não literalmente queimadas.

 

 

Tecnota: Pequenas descobertas sobre smartphone 1

Esta é uma breve compilação das descobertas que fiz para smartphone e android. Até hoje tenho um pé atrás com smartphones. Não há dúvida de que são as ferramentas mais poderosas e pervasivas de vigilância jamais inventadas. Como lidar com isso é um dos problemas mais ignorados da tecnopolítica. As pessoas simplesmente foram engolidas e usam porque têm que usar.

Repositórios e APKs

A primeira pergunta que me veio quando pensei num espertofone foi “mas pra quê diabos um software obrigatoriamente (mesmo os gratuitos/free e/ou de código aberto) tem que passar por uma das stores das grandes corporações? Primeiro, rebatizar um software para “app” já me soou estranho. E é justamente essa a diferença: um app necessariamente gera receita. Obviamente, não pra mim, nem pra ti, mas para uma empresa que já ganha MUITO dinheiro.

Além disso, tu precisas estar devidamente cadastrado nessa corporação. Não só o teu nome e email, como sempre aconteceu na internet livre, mas hoje tens que colocar teu número telefone também. Isso significa ter seu nome real completo, RG, CPF e na maioria das vezes o teu endereço. De “eu só queria instalar um software e saber mais sobre tal assunto” a internet virou “aqui está a sua conta; e lembre-se que sabemos tudo sobre você”.

Na minha mentalidade primitiva de software, eu ficava pensando: “que coisa ridícula, cadê os instaladores? Quero só baixar anonimamente e instalar a parada”. Foi então que descobri que os apps para android são programas geralmente escritos em java e compactados em um arquivo .APK. Instalar um apk é basicamente criar uma pasta e um atalho na janelinha do “telefone”. Ou seja, muito mais simples que a instalação de um software em linux, por exemplo.

Foi aí que descobri o site www.apkpure.com , que contém apks de tudo quanto é repositório de android. Ali é possível baixar sem se cadastrar. Tem também o repositório f-droid com vários app de código aberto.

Mas e como fica a segurança? Como vou saber que o software, na verdade o app, está igual ao que o desenvolvedor lançou? Como vou saber se não colocaram uma backdoor ou outro tipo de código malicioso? Boa pergunta. Como você que usa g-play ou i-store pode garantir isso? Que garantia de privacidade você tem do gugou? Pois é, nenhuma. Prefiro tentar aprender mais sobre segurança e trazer esse poder pra mim do que confiar numa empresa que sabidamente negocia os dados de seus clientes.

Navegador Orfox

Ao instalar o orbot (pra usar a rede TOR no smartphone), descobri que o Guardian Project tinha lançado há pouco um novo navegador para telefone que substituiria o orweb. O orfox procura manter os mesmos objetivos de projeto do Tor Browser ao mesmo tempo que incorpora várias funcionalidades do firefox para android. Seu código é aberto e pode ser revisado aqui. As diferenças entre o orfox e o tor browser e o orweb estão descritas aqui.

SSH Droid

Outra pergunta que me vinha era: “como posso acessar TODOS os arquivos que estão no meu espertofone?” Eu olhava aquela interface do android sobre meus apps e ficava totalmente insatisfeito. Não sou nenhum hacker e não entendo quase nada de programação, mas não saber o que tá ali era muito frustrante.

Foi então que descobri uma forma de acessar o diretório raiz do telefone!

O que fiz foi basicamente o seguinte: instalei o sshdroid, criei um ponto de acesso sem fio no meu notebook, rodei o sshdroid para criar um servidor SSH no telefone e me conectei a ele via file explorer no linux. Segue abaixo o tutorial.

  1. No celular, baixe o SSHDroid pelo repositório f-droid.
  2. No notebook com debian, ubuntu ou linux mint, vá nas suas configurações de rede e simplesmente aperto o botão “criar um ponto de acesso sem fio”. Isso faz com que outros computadores possam se conectar remotamente ao seu computador. Na janela seguinte aparecerá o nome da rede e a senha.
  3. no celular, habilite o adaptador de rede wi-fi e conecte-se a rede criada no notebook.
  4. no celular, rode o SSHdroid. Automaticamente ele criará um servidor ssh no seu celular. Seu endereço será algo como “root@192.168.1.101”. A senha padrão é “admin”.
  5. no notebook, vá no file explorer, arquivo->conectar-se a um servidor. Escolha o protocolo SSH e digite o endereço IP. Coloque “root” como usuário e “admin” como senha.

Pronto! Divirta-se explorando o sistema de arquivos do seu espertofone desde a raiz. O tutorial completo em inglês está aqui.

Mesmo assim, não me dei por satisfeito pois dependo do celular estar ligado e funcionando para poder fazer todo esse malabarismo. Gostaria mesmo de poder acessar a memória do telefone direto do meu notebook. Isso aprenderei assim que conseguir trocar o sistema operacional do telefone (de android para securegen ou replicant). (É bem desagradável não ter uma única boa opção de sistema operacional para telefone!)

Shashlik

Esse é um software que roda programas de android no ambiente linux. Infelizmente só tem para arquiteturas de 64bits. Site.

5 Escolas ocupadas em Santa Catarina!

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Fonte: https://www.facebook.com/bandeiranegra/

 

OCUPAÇÕES DE ESCOLAS COMEÇAM A TOMAR SANTA CATARINA!

Na segunda-feira, aconteceu no IFC Rio do Sul a primeira ocupação estudantil contra a PEC 241 e contra a Reforma do Ensino Médio, fortalecendo o movimento nacional que já ocupa quase mil escolas.

Agora, já temos pelo menos 5 escolas ocupadas em SC:
IFC Rio do Sul
IFC Araquari
IFSC Araranguá
IFSC Chapecó
IFC Abelardo Luz

Hoje pela manhã, estudantes do Colégio de Aplicação da UFSC Florianópolis tomaram as ruas:https://www.facebook.com/events/329843174045023/.

Em Joinville, mobilização das escolas também esteve nas ruas hoje pela manhã contra os ataques:
https://www.facebook.com/events/217382528674506/

Hoje, às 19h30, em São Francisco do Sul, os estudantes vão às ruas contra o fechamento do período noturno na Escola Educação Básica Felipe Schmidt:
https://www.facebook.com/events/559939207528991/

Além disso, o Governo Estadual anunciou o fechamento de turmas do Ensino Médio em dezenas de escolas pelo Estado e já existem mobilizações em escolas de Joinville e São Francisco do Sul:
https://www.facebook.com/gruposindicaldebase/

Só cresce a luta contra a PEC 241, contra a Deforma do Ensino Médio, contra a Lei da Mordaça, POR NENHUM DIREITO A MENOS!

PELA FORÇA DAS MARCHAS, OCUPAÇÕES E GREVES!