Tomada da Alfândega [28/03]

TOMADA // MULHERES DE LUTA

sf (part fem de tomar) 1 Ato ou efeito de tomar. 2 Ato ou efeito de se apoderar de (cidade, fortaleza, navio, praça etc.) 3. Conquista.

Água vulva
alguma coisa gosmenta me habita
vontade uterina do mundo
Escorre
gosto de estar deitada a olhar minhas pernas e os pelos da virilha. Me lembram: sou mulher
por Helen Ábramo

Mulheres que lutam, mulheres de luta!
Esse é o tema de mais uma TOMADA do espaço público, uma programação multi para mulheres que são muitas, de muitas cores, caras, jeitos, corpos, peitos e paus.

_____________ PROGRAMAÇÃO

~ 17h-20h ~ Anti-loja de roupas : preço livre

~ 18h-20h ~ Jam Palco Aberto: instrumentos e microfone abertos para intervenções e alucinações político-sonoras [some com os teus, as tuas, traz o chocalinho]

~ 18h30-21h ~ Operação Resgate: rango de alimentos reciclados : preço livre

~ 20h-22h ~ CineMeioFio: com os curtas-doc “A vida que não cabe”, de Baruc Carvalho Martins; “Antonieta”, de Flávia Person e “Mulheres da Terra”, de Marcia Paraiso +
Roda de conversa ‘Mulheres no mercado de trabalho’ com mediação de Gabi Zabeu (Ocupa Obarco)

~ 22h-00h ~ Roda de coco ( Roda de coco na ilha do desterro)

_____________ LOCAL
Largo da Alfândega – Centro

_____________ QUEM CHAMA?
~ Ocupa Obarco
Ocupar e compartir! Obarco navega na cidade, propondo ocupações criativas de espaços e de recursos ociosos. Abandonos redistribuídos viram abundância.
~ ETC
O ETC usa ações diretas – em choque com as normas vigentes – para interferir no fluxo cotidiano. O grupo inquieta-se por provocar gradativos ruídos na frequência contínua que visa domesticar e despolitizar a relação entre corpo e cidade.

xxxx Evento com fins anti-lucrativos organizado de forma independente através de autogestão.

Tomar nosso espaço, retomar direitos, transformar tudo!

Quatro mulheres

Anita nasceu na serra no final dos anos 20, descendente de imigrantes Italianos trabalhava desde criança na venda ou no campo. Como oficio aprendeu a costura, como arte o crochê. Já “velha” para casar, conheceu um homem que por ela se apaixonou. Casamento? foi firme: só quando terminasse o curso de costura. Teve cinco filhos, que criou com disciplina e uma certa dureza. Teve salão de baile, cozinhou e costurou muito. Perdeu um filho muito jovem num acidente, e o companheiro, de melancolia, poucos anos depois. Ajudou a criar os netos, fez crochê para toda a família, cuidava da sua casa com orgulho. Viveu longos anos, sempre carregando no semblante um olhar altivo. Morreu com Alzheimer. Poucos dias antes de morrer, em um lapso de lucidez, disse ao neto mais novo “Lembra sempre de mim”.

Cora é filha de Anita. Seguiu o caminho dos estudos, com apoio de seu pai que lia muito e que acreditava em um mundo mais igualitário. Trabalhou na venda de um tio, onde aprendeu finanças. Se tornou Professora, acreditava que o conhecimento podia mudar o mundo. Viajou para longe, onde trabalhou em projetos sociais nos rincões do país. Se mudou para uma pequena cidade do interior e por lá montou um Jornal e uma Gráfica com os irmãos. Se apaixonou, mas não teve filhos. Perdeu seu grande amor em um acidente. Se formou em Jornalismo muitos anos depois de já exercer a profissão. Participa de um grupo de mulheres lideres e tem como legado o Jornal que criou, referência para a região e influência para as mulheres da família que decidiram seguir o rumo da tia.

Rosa é irmã de Cora. Saiu de casa com 12 anos e foi trabalhar na casa de um médico como babá da família. Sonhava em ser médica pediatra. Foi para a capital trabalhar na maternidade como recepcionista, para pagar o cursinho. Não passou no vestibular, mas descobriu que seu talento estava nas vendas. Vendia enciclopédias e revistas. Vendia tanto que ganhou um prêmio de melhor vendedora do país da editora para qual trabalhava. Se apaixonou e vivia uma vida nômade com seu companheiro. Gostava de independência e de praia. Teve um único filho. Montou uma empresa. Foi a primeira mulher a correr de carro no autódromo internacional da cidade. Tinha uma postura dura, as vezes até autoritária. Tinha que ser forte num mundo feito para homens, não podia demonstrar fragilidade, tanto é que todos a chamam de “Dona”. Criou seu filho com muito amor, mesmo com o pouco tempo que lhe sobrava. Se separou. Vive sozinha e mantém a empresa até hoje.

Ada era a única filha numa família de dois irmãos mais novos. Gostava de estudar e se interessava por informática. Quando criança, ganhou um computador de presente do seu pai. Trabalhou no comércio com 16 anos, queria independência e fazer faculdade de computação. Fez curso técnico em informática, onde ganhou a placa de melhor aluna. Queria trabalhar como programadora, mas todas as vagas de emprego diziam “somente homens”. Não tinha tempo para trabalhar e estudar, e deixou de lado a faculdade por um tempo. Trabalhou em uma empresa na área de suporte, onde se tornou gerente. Começou a fazer faculdade e comprou um apartamento próprio. Foi morar com o companheiro e nunca morou no apartamento que comprou. Queria ser programadora, largou o cargo de gerente para estagiar. Estagiou e se tornou uma programadora. Aprendeu a dirigir, algo que tinha muito medo, nutrido por muitos homens que a desestimulam. Depois que aprendeu, ensinou sua tia a dirigir. Era uma referência para a família. Se separou. Viajou de férias. Voltou e morreu meses depois num acidente de carro, muito jovem e talvez no melhor momento de sua vida.

Histórias de mulheres brasileiras e  “comuns”, que como tantas mulheres vivem e resistem em um mundo ainda tão desigual. Um mundo onde ainda é necessário um Dia Internacional da Mulher.

 

Personagens Escondidas

O filme Hidden Figures, de 2016, conta a história de três mulheres negras, integrantes do grupo segregado de “computadoras” na NASA, que conquistam seu espaço na agência durante a corrida espacial nos anos 1960. Elas sofrem cotidianamente discriminação por serem negras e também mulheres, e para piorar, num ambiente dominado pela arrogância masculina: a engenharia e a computação. As mulheres vêm realizando diversos feitos durante a história da humanidade, mas continuam sendo personagens deliberadamente escondidas, com suas histórias muitas vezes apagadas, quando não literalmente queimadas.

 

 

Oficina de programação Antipatriarcal (22/08)

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Você tem interesse em programação?
Tem curiosidade sobre eletrônica?
Quer compartilhar seus conhecimentos e aprender ainda mais?

Então, vamos nos encontrar e começar um espaço regado a muita tecnologia e voltado ao protagonismo das mulheres trans e cis, homens trans e pessoas não binarias.

Estamos propondo um espaço para programação e empoderamento. Não será exclusivo/fechado.

A oficina será iniciada pelo coletivo anarcotecnológico Mariscotron, e nesse primeiro momento faremos a reunião para conhecer as pessoas interessadas, as disponibilidades de horário e interesses em comum. A partir daí marcaremos nossas primeiras oficinas.

Data – 22/08. 14h.
Local – GEABIO /UFSC. Florianópolis – SC.

Se chover não se renda… Apareça, vai ter café quentinho!

Evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/1679255548976701/

Dia Internacional da Mulher na Ponta do Coral (08/03)

Bamboles
A PONTA DO CORAL É PARA TOD@S!

Este domingo, dia Internacional da Mulher, será marcado por várias atividades à partir das 15 horas na Ponta do Coral – picnic, oficinas, cinema, bicicletada, conversas, música, jogos, etc.

Movimentos de Mulheres, Grupo Acontece – Arte e Política – LGBT, Frente Parlamentar Contra a Violência Contra a Mulher, Cine Amarildo, artistas, ciclistas, brincantes, gentes comuns estaremos todos ocupando a Ponta e fazendo cumprir a função social daquele espaço maravilhoso e que tem passado desapercebido por muitos.

Entendendo a importância da luta pela igualdade de direitos, pelo
reconhecimento e respeito das diversidades, pelo fim da violência contra as mulheres e homossexuais, o Movimento Ponta do Coral 100% Pública acolhe a todas e todos e convida a população em geral para participar desse dia de ocupação de um espaço que é público de direito.

Convide seus amigos e familiares.

Traga seu lanchinho, sua bicicleta, sua pandorga, seu violão.

Venha conhecer a ponta e nossa proposta de parque para o único espaço aberto que sobrou na região!

Como a prefeitura, de forma irresponsável e ilegal, abandonou a Ponta do Coral, estaremos dando continuidade à limpeza a partir das 10 horas da manhã.

Todos estão convidados! Tragam suas ferramentas!

Evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/788655484558452/

Dia Internacional da Luta das Mulheres – Atividades do 8 de março em Floripa

Construímos de forma coletiva e horizontal um calendário de atividades para celebrar, lutar e comemorar o 8 de março em Florianópolis, para não se esquecer que esse é um dia de luta FEMINISTA! ♀

São várias atividades diferentes entre os dias 05 e 13 de março, todas abertas e gratuitas.

Quarta- feira (04/03)
Intervenção Urbana com o Grupo ETC
Instituto Arco Iris na Travessa Ratcliff
19h

Quinta- feira (05/03)
O que: Oficina de Zine, traga suas ideias, tesoura, tinta e papel e venha fazer nosso zine.
Instituto Arco Irís na TRavessa Ratcliff
16h

Sexta- feira (06/03)
Encontro de Batuqueiras e apresentação do grupo La Clinica
Instituto Arco-íris na Travessa Ratcliff
19h

Domingo (08/03)
Piquenique do Acontece com oficinas de camisetas, cartaz e ensaio da bateria
(leve sua cesta com guloseimas, canga, camisetas, e tintas!)
Ponta do Coral
15h

Segunda- feira (09/03)
Cine debate
Instituto Arco-íris na Travessa Ratcliff
18h

Quarta- feira (11/03)
Roda de Conversa sobre Aborto
Coreto da Praça XV
18h

Sexta- feira (13/03)
Ato do Dia Internacional das Mulheres
Venha queimar os filhos do Patriarcado!
Frente ao TICEN
18h

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